A utilização generalizada de dados biométricos implica que eles sejam armazenados em vários locais e em condições distintas. Ao contrário das palavras-passe, se os dados biométricos forem comprometidos, eles perdem-se para sempre e não podem ser recuperados.
A Kaspersky associou-se recentemente ao designer de acessórios 3D Benjamin Waye e à agência Archetype, para criar um anel com um padrão de impressões digitais artificiais que pode ser utilizado para autenticação.
Este anel é apenas uma das soluções possíveis para proteger os dados biométricos, tendo em conta o contexto actual, no qual não existe garantia de que estes dados sejam armazenados por terceiros de forma responsável.
Com este tipo de acessório, os indivíduos podem desbloquear o seu dispositivo móvel e utilizar outros sistemas que requerem autenticação, através de impressão digital, sem terem a preocupação de que os seus dados biométricos possam ser roubados.
A diferença entre uma impressão digital e uma impressão artificial é que a última pode ser alterada e reajustada. Caso haja uma fuga de dados devido a um ataque, o anel pode ser substituído por um novo padrão artificial – e os dados pessoais únicos dos indivíduos ficarão seguros.
“Embora o anel seja uma das formas possíveis de fazer face aos problemas de cibersegurança actuais relacionados com a biometria, a solução ideal consistiria em criar normas e tecnologias capazes de garantir a protecção da identidade única de cada pessoa. É muito importante começarmos a falar com os sectores certos para desenvolvermos uma abordagem colaborativa que garanta a protecção destes dados”, referiu Marco Preuss, Director da Equipa europeia de Investigação e Análise Global da Kaspersky.