FIFA 23

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 4 min

Vinte e três edições depois, a saga da Electronic Arts com a FIFA chega ao fim. Foram mais de duas décadas em que se criaram os melhores jogos de futebol da história dos videojogos, a que temos de juntar algumas das edições de Pro Evolution Soccer que se tornaram as preferidas dos fãs. Em meados da primeira década deste milénio, FIFA fez a sua travessia do deserto: entre PES 5 e PES 9, a Konami não deu hipótese e mandou este jogo para a bancada. Contudo, a EA voltou a tornar-se o principal simulador de futebol à entrada nos anos 10 e manteve o posto até se ter tornado um pneu a rodar na lama – contudo, PES também nunca foi muito melhor.

Estava, portanto, na altura de uma limpeza de balneário. A Konami fez isso ao mudar o conceito do seu jogo (PES passou a ser o gratuito eFootball) e a Electronic Arts diz ‘adeus’ à licença FIFA – para o ano vai haver EA Sports FC.

Um jogador de futebol mais real
Ironicamente, FIFA 23 é uma grande despedida da EA enquanto detentora desta licença. Se o nível se mantiver no título que sai em 2023, podemos estar perante um renascer do conceito de ‘jogo de futebol’. Esta versão já nos dá quase uma experiência a 360 graus deste desporto: tanto podemos ser um treinador, como um jogador (ou jogadora) de futebol e é possível entrar numa espécie de RPG onde compramos casa, sistemas de som para a sala, roupa ou… aulas de dança. À primeira vista pode parecer haver aqui uma espécie de ‘tudo ao molho e fé em Deus’ da EA, mas se formos a ver bem, um jogador de futebol é um ser humano – e é isso que podemos ser e viver neste jogo.

 

Do super-remate aos bons penáltis
A jogabilidade, que nem sempre foi consensual nos mais recentes FIFA, também aparece melhorada. A tecnologia Hypermotion 2 dá-nos mesmo mais autenticidade de movimentos – fazer fintas, correr, defender e atacar está mais próximo da realidade e menos artificial. A forma como marcamos penáltis mudou e regressou um pouco às origens – até aqui, era completamente absurda, mas agora volta a ser uma barra em que é mesmo possível, de forma intuitiva, controlar a direcção e a potência do remate.

Outro detalhe inovador, que dá realismo ao jogo, é o aproximar da câmara, sempre que estamos perante uma oportunidade de golo – há até um novo super-remate, tipo um pontapé à Tsubasa.

Se juntarmos a isto os menus redesenhados, a possibilidade de jogarmos com o AFC Richmond (da série Ted Lasso) e de entrarmos em minijogos para nos entretermos, em vez de jogar uma partida completa, esta despedida de FIFA da EA deixa água na boca para o que poderá vir a ser EA Sports FC.


Editora: EA
Distribuidora: EA
Plataformas: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Windows
Preço: €69,99 (PS4, Xbox One, Windows), €79,99 (PS5, Xbox Series X|S), €39,99 (Nintendo Switch – Legacy Edition)


Por: Ricardo Durand Editor
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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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