Os avisos estavam lá: o último Threat Report (relatório de ameaças) de 2021 da empresa de segurança online ESET mostra que Portugal teve «mais de cem mil ameaças de cibersegurança» entre Setembro e Dezembro do ano passado.
Apesar de, em 2021, os ataques a empresas e instituições não se terem tornado mediáticos, 2022 começou exactamente com este “tónico”: na primeira semana de Janeiro, a Impresa perdeu o controlo dos seus site devido a um ataque que terá culminado num pedido de ransomware.
Três mil milhões de RDP em 2021
Em Fevereiro, Cofina, Vodafone e os laboratórios Germano de Sousa também foram alvo de crackers, que conseguiram causas estragos e constrangimentos aos clientes e utilizadores dos produtos destas empresas.
Segundo a ESET, as mais de cem mil ameaças de cibersegurança representam «um aumento de 17,5% em relação às detecções no quadrimestre anterior»; o tipo de ataque que mais subiu foi, precisamente, o ransomware: «Mais de três mil milhões de tentativas de ataque do tipo Remote Desktop Protocol», o que representa uma subida de 967% num ano.
Resgates em Bitcoin bate nos 5 mil milhões
«Globalmente, o ransomware superou as piores expectativas em 2021, incluindo ataques contra infraestruturas críticas e pedidos de resgate na ordem dos milhares de milhões de dólares», revela a ESET.
Este tipo de ataque, a nível global, foi mesmo responsável por pedidos de resgate de «mais de cinco mil milhões de dólares em Bitcoin, apenas na primeira metade de 2021.
O Threat Report do último quadrimestre de 2021 relata ainda «um crescimento alarmante nas detecções de malware em serviços bancários por Android»; esta ameaça aumentou 428% em 2021 em relação a 2020. As conclusões completas deste relatório podem ser lidas aqui.