Ao terceiro dia de instabilidade na rede da Vodafone, provocada pelo ciberataque de Segunda-Feira à noite, os recursos de comunicação da operadora parecem estar a voltar à normalidade, ainda que com algumas situações por resolver.
No final da tarde de ontem, a Vodafone emitiu mais um comunicado – aliás, a empresa tem sempre dado todos os dias feedback dos trabalhos que está a desenvolver para resolver os problemas na rede – onde dá destaque à recuperação da rede de voz fixa.
«Desde a hora de almoço [de ontem, 9 de Fevereiro] que iniciámos de forma gradual o restabelecimento deste serviço, o qual tem vindo sustentadamente a ganhar estabilidade», explica a operadora.
A operadora fala também na app My Vodafone e assume que, apesar de ser de «actuação prioritária», ainda não tem «acessibilidade total». No nosso caso, a app deixa introduzir o número de telefone para fazer login, envia um código por SMS, mas dá uma mensagem de erro – ou seja, continuará a ser impossível, para vários clientes, entrar nesta aplicação.
Outro dos problemas mantém-se na app Vodafone TV, que continua a ter a limitação de que demos conta ontem: não podemos usar um Chromecast para passar a emissão de um dispositivo móvel para uma televisão, pelo facto de a empresa ter bloqueado o acesso com uma firewall.
Em relação ao serviço de TV, houve também impossibilidade de acesso durante alguns momentos, situação essa que a Vodafone explica pelos «trabalhos em curso e a interligações entre sistemas»; a operadora fala num «número bastante residual de clientes afectados». Durante o dia de hoje, as boxes da Vodafone já devem poder ser usadas para ver televisão, a 100%.
Por outro lado, a rede móvel dá sinais de estabilidade, com um 4G mais “fixo” que no dia de ontem em que vários clientes recebiam a indicação ‘3G’ nos seus smartphones. Fazer chamadas e enviar/receber SMS entre clientes 91 também já é possível para a maioria dos clientes.
Ontem a Vodafone confirmava que, durante o dia, tinha decorrido um «processo de sustentabilidade da prestação do serviço de dados móveis sobre a rede 4G», processo esse que está a «evoluir favoravelmente».
Neste momento, continua por saber quem esteve por trás deste ataque à Vodafone, mas é quase certa a “arma” usada pelos crackers: um DDoS.