Resident Evil Village

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

A acção de Resident Evil Village decorre três anos depois de Resident Evil: Biohazard e, como o nome indica, passa-se numa aldeia. Esta aldeia podia ficar num qualquer país europeu de Leste (faz lembrar bastante o imaginário da Transilvânia), que foi tomada por uma horda de monstros que não se sabe muito bem de onde vêm. No prólogo do jogo, Mia, a mulher do nosso herói Ethan, é morta a tiro; depois disso, ele a filha bebé, Rose, são levados a meio da noite para um local desconhecido. Algum tempo mais tarde, Ethan acorda numa estrada florestal, com o veículo em que se deslocava destruído e sem qualquer sinal da filha. É assim que começa a acção.

Vampiros gigantes
Como se costuma dizer, uma boa história tem de ter um bom vilão; e Resident Evil tem, nada mais, nada menos, que cinco bons vilões. A primeira e a mais conhecida é Lady Dimitrescu, também conhecida por ‘tall vampire lady’. Esta vilã tem um carisma que faz o jogo todo – é no castelo onde vive que se passa o nível mais longo de Resident Evil Village. Depois de a bater, todos os outros são mais fracos, mas a altura só queremos saber o que acontece no fim.

Sei que, tradicionalmente, Resident Evil é um jogo linear, cujos níveis nos afunilam para o local seguinte. Mas a linearidade de Village é algo claustrofóbica. A ordem pela qual se derrotam os cinco vilões principais está predefinida e a exploração das várias zonas é muito limitada – não há quaisquer side missions. Os puzzles que se tem de resolver pelo caminho são muitíssimo simples e não chegam para atrapalhar significativamente a progressão.

Depois há o Duke, o vendedor que nos fornece armas e upgrades. Aqui há uma tentativa de passar a progressão de Ethan para algo que se assemelha à de um RPG, mas sem nunca chegar a sê-lo.

Suspense versus combate
Esta série de jogos passou, nos últimos episódios, de um jogo em que se tem de limpar várias áreas até chegar ao boss final do nível, para jogos de um terror mais psicológico, com uma utilização inteligente da luz e dos cenários, um conceito que mantém o jogador sempre alerta, à espera do que vai surgir a seguir. No entanto, Village é menos assustador que Resident Evil 7: Biohazard, uma vez que a Capcom decidiu dar mais importância ao combate, tentando equilibrar o terror com os tiros.

Village é um jogo relativamente curto: acabei-o em cerca de dez horas num fim-de-semana, e descobri grande parte dos objectos escondidos. Penso que consegui acabar o jogo tão depressa porque joguei a versão PC Windows e, como sabemos, apontar e disparar contra qualquer coisa num jogo com um rato, é muito mais simples do que com um comando de uma consola.

Tecnicamente, Resident Evil Village tem uns gráficos muito bem conseguidos e surpreendentemente leves para a qualidade. As únicas vezes em que a gráfica teve alguma dificuldade em digerir o que se passava no ecrã, foi no início das lutas contra os bosses. De resto, a velocidade de actualização no ecrã manteve-se sempre nuns simpáticos 60 fps, mesmo com balas e partículas a voarem pelo ecrã em grandes quantidades.


Editora: Capcom

Distribuidora: Ecoplay

Site: residentevil.com

Disponível para: PlayStation, Xbox, Windows, Google Stadia

Versão testada: PC Windows

Preço: €69,99 (Consolas), €59,99 (PC)

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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