Estes serviços, que facilitam o consumo dos conteúdos através da Internet, oferecem várias vantagens, principalmente para os detentores dos direitos das obras, porque, desta forma, os conteúdos ficam sempre do seu lado e o rendimento é seguro. No modelo de comercialização seguido até agora, o utilizador comprava um suporte com o conteúdo que queria consumir, o que era uma transacção única e por muitas protecções que se colocassem estava sujeito a cópias e distribuição ilegais.
Acesso a todos os jogos no PC e na PS4
Do lado dos consumidores a principal vantagem está do lado do lado da conveniência, porque não necessitam de adquirir hardware especializado para consumir os conteúdos que querem. O caso mais evidente é o da Netflix, que permite ver filmes e séries em praticamente todos os dispositivos que tenham um ecrã e ligação à Internet. Há cinco anos também a Sony se lançou neste mercado com o PlayStation Now, primeiro nos EUA e Japão, e que agora chega Portugal.
Com este serviço, o utilizador pode jogar títulos para PS4, PS3 e PS2 numa PS4 ou num PC com Windows. Neste momento, o serviço conta com seiscentos títulos e, segundo a Sony, todos os meses são acrescentados mais títulos ao catálogo.
O custo mensal é de quinze euros e se quiser pagar o ano todo custa-lhe cem euros, poupando cerca de cinco meses de mensalidades. Pagar quinze euros por mês é muito bom se for comprador de jogos compulsivo, porque, mesmo no mercado de segunda mão, um título relativamente novo custa sempre um pouco mais que isso.
Streaming ou download
O catálogo do PlayStation Now parece uma feira de artigos em segunda mão, porque os jogos não são verdadeiramente novos. Por exemplo, alguns dos títulos mais conhecidos adicionados recentemente têm quatro e seis anos: Metal Gear Solid Phatom Pain é de 2015 e Battlefield 4 é de 2013.
O serviço tem duas formas de jogar: o streaming puro que pode ser utilizado em PC através de uma aplicação e um comando PS4 (ou compatível) ou numa PS4; ou o download. Esta segunda forma permite descarregar o jogo para o dispositivo em que está a utilizar o serviço. No PC só o pode usar se a sua máquina cumprir os requisitos mínimos de hardware do jogo – os que puderem ser jogados, estão marcados na lista. E desengane-se que pode transferir o jogo e depois desistir da assinatura do serviço, porque há sempre a verificação da sua validade.
Esqueça o 4K; com sorte, tem 1080p
O sistema de download serve para contornar dois problemas: o primeiro é o lag. O serviço é tão bom quanto a velocidade disponibilizada pela ligação à Internet. Se for lenta, são sempre introduzidos atrasos, o que por sua vez estraga a experiência. O segundo problema está relacionado com o primeiro e é o da qualidade da imagem. Quando se joga em streaming, a resolução da imagem é reduzida para que sejam passados menos dados pela ligação à Internet. Ou seja, esqueça jogos em 4K – com sorte, a imagem chega aos 1080p e será em situações muitos específicas.
Utilizei o serviço no PS4 e num PC, a primeira ligada à Internet com fibra Meo de 1GBps e o segundo com fibra Vodafone, também com 1Gbps.
Nem num caso, nem no outro notei qualquer lag que pudesse estragar a experiência, o que é de louvar. Mas, apesar de o meu PC ter especificações fora do normal, nunca consegui passar dos 720p de resolução em qualquer jogo. No geral, os gráficos nunca são tão bem recortados como num jogo local, por causa da compressão que é aplicada ao stream.
Distribuidor: Sony
Site: playstation.com
Preço: €14,99 (mês), €99,99 (assinatura anual)
