Há anos que a Intel funciona assim, cada vez que lança um novo processador: é apresentado um novo processador, construído através de um método de fabrico que permite transístores mais pequenos, depois, mais tarde, é apresentado um novo chipset para esse processador construído através do mesmo processo de fabrico. Isto quer dizer que, à medida que os processadores se mudassem para o método de 10 nm, os chipsets já estariam a chegar aos 14 nm.
Mas como os componentes de 10 nm só devem estar a ser fabricados em pleno no último trimestre de 2019, a Intel tem tido muita dificuldade em manter os stocks, por isso a fabricante mudou a produção de alguns chipsets de volta aos 22nm. O novo chipset H310C utiliza o método de 22 nm em vez dos 14 nm e está a ser fabricado pela própria Intel em vez de recorrer à TSMC.
O chipset H310C é uma evolução de outro chipset já existente que será compatível com Windows 7 com a inclusão de drivers para tecnologias da Intel como Intel Management Engine, Rapid Storage Technology, SATA e USB 3.0. Mas sem drivers para placas gráficas. O H310C é um chipset para produtos de entrada de gama e, por isso, não inclui suporte para PCIe 3.0 ou USB 3.1 Gen 2.
O H310C é fisicamente maior que a versão anterior. A versão de 14 nm mede 8,5 mm x 6,5 mm, já a versão de 22 nm mede 10 mm x 7 mm. Espera-se que no futuro a produção deste novo chipset venha a ser através do método de 14nm. Ainda não há indicação se esta alteração é limitada a este chipset, ou se outros produtos irão também ser passados para outros métodos de fabrico mais para os tornar mais fáceis de fabricar.
Decerto que a Intel já tinha este plano de recurso pensado há tempos devido às dificuldades espectáveis na implementação do novo método de fabrico. Segundo algumas notícias vindas a público nos últimos dias, os problemas de fornecimento de componentes que a Intel está a atravessar podem ter um impacto negativo na venda de computadores pessoais entre 5 e 7 por cento até ao fim deste ano, eliminado quaisquer ganhos que o mercado dos computadores pessoais teve no ano passado, a primeira vez que cresceu desde 2011.