A IBM anunciou esta semana dois novos processadores quânticos, o que dá uma forte indicação de que a empresa continua firmemente na corrida para projectar um computador que possa completar tarefas inalcançáveis para a computação clássica. Os chips Loon e Nighthawk demonstram o progressp da IBM no complexo mundo dos computadores quânticos, em competição compete com a Amazon, Google e Microsoft, entre outras. A IBM estabeleceu objectivos ambiciosos de alcançar a vantagem quântica até ao final do próximo ano e a “computação quântica tolerante a falhas” até 2029.
“Há muitos pilares para trazer a computação quântica verdadeiramente útil ao mundo”, disse o director de Pesquisa da IBM, Jay Gambetta. “Acreditamos que a IBM é a única empresa posicionada para inventar e escalar rapidamente software, hardware, fabrico e correcção de erros quânticos para desbloquear aplicações transformadoras.”
Como Gambetta observou, o ponto-chave é chegar ao momento em que a computação quântica se torna útil. A computação quântica promete ser um dia capaz de levar a cabo tarefas que não podem ser realizadas com a computação clássica (um feito que a Google afirma já ter alcançado). É, provavelmente, o maior marco que estas empresas enfrentaram no desenvolvimento de computadores quânticos.
A IBM espera que o processador quântico Nighthawk seja o primeiro dos seus chips a atingir a vantagem quântica. A empresa planeia atingir esse objectivo até ao final de 2026, mas a primeira versão do chip estará disponível para os utilizadores antes do final deste ano. A IBM indicou que o chip terá 120 qubits e maior conectividade de qubits. A empresa afirma que isto permitirá aos utilizadores “executar com precisão circuitos com 30 por cento mais complexidade do que na geração anterior, mantendo taxas de erro reduzidas.”
Versões posteriores do Nighthawk apresentarão mais portas de dois qubits (two-qubit gates). A IBM espera alcançar 7.500 portas até 2026 e potencialmente 15.000 portas até 2028, indicou a empresa.
O outro chip é um processador experimental chamado Loon, que “pela primeira vez, mostra que a IBM demonstrou todos os principais componentes do processador necessários para a computação quântica tolerante a falhas”, disse a empresa. O processador, que terá 112 qubits, também apresenta c-couplers, que podem ligar qubits distantes. Este chip ainda não parece ter uma data de lançamento.
A IBM está a permitir que a comunidade de computação quântica mais ampla teste o chip e registe os seus resultados num tracker. O tracker dará à comunidade a oportunidade de comparar o desempenho do chip com métodos de computação clássica.
Como mencionado anteriormente, a Google alega ter alcançado a vantagem quântica com o seu processador Willow. Esse chip tem 105 qubits e é melhor do que os chips anteriores na supressão de erros. Os erros representam um obstáculo fundamental na computação quântica.