PC Building Simulator 2

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 4 min

Em 2019, saiu no Steam um título no mínimo invulgar: PC Building Simulator. Este parecia ser mais um típico simulador, que certamente faria sucesso no mercado alemão, mas o sucesso internacional foi tal, que a Spiral House decidiu pegar no título original e criar uma excelente sequela, que está a “anos-luz” do primeiro jogo. PC Building Simulator 2 é a recriação mais fiel que alguma vez poderá encontrar da profissão de um verdadeiro técnico de informática, que tem como principais tarefas identificar e reparar problemas, bem como fazer actualizações, ou simplesmente montar computadores de raiz, tendo em conta o orçamento ou funções atribuídas pelos clientes finais.

A culpa é do tio…
O modo de carreira começa quando herdamos uma loja de informática abandonada, que sofreu de um incêndio causado pelo nosso tio Tim, num verdadeiro caso de suspeita de fraude com a seguradora. História à parte, rapidamente somos confrontados com algumas tarefas que nos irão dar algum ânimo e mostrar-nos como, afinal, é possível termos sucesso no mundo da informática. Neste ponto tenho apenas a acrescentar que o jogo falha redondamente num ponto importante: as margens de lucro não são, de todo, fielmente reproduzidas em PC Building Simulator 2.

Aos poucos vamos recebendo e-mails com pedidos de assistência, desde simples casos que exigem a instalação de um anti-vírus para remover todo o malware, a situações mais exigentes, como a montagem de circuitos de watercooling personalizados e memórias RAM, ou a necessidade de actualizar um sistema para que este consiga bater um determinado resultado no 3D Mark ou Cinebench R20.

Acção simplificada
No primeiro título, existiam tarefas que eram autênticos castigos, como a substituição de uma motherboard, que exigia desligar todos os cabos, remover todos os componentes, bem como os parafusos e respectivos apoios da caixa. Esses passos ainda existem, mas foram bastante simplificados, existindo mesmo “pop-ups” que permitem automatizar as tarefas mais irritantes, o que torna toda a acção do jogo mais simples e apelativa.

Ainda existem momentos estranhos, como na aplicação de tubagem flexível para um circuito de watercooling – aqui, os tubos fazem curvaturas impensáveis, que na vida real seriam catastróficas para o fluxo do reagente líquido. Destaque ainda para a inclusão de várias marcas reais, como a Corsair (memórias), Kingston (SSD), Fractal Design (caixas),EK (componentes de watercooling), AMD (processadores) e Asus (motherboards ), entre muitas outras. Todos os modelos representados têm as características dos modelos reais, estando a lista em constante actualização: recentemente foram introduzidas as novas gráficas GeForce RTX 4090 e Intel Arc, bem como os processadores AMD Ryzen 7000 e Intel Core Raptor Lake. Se existem pontos negativos para este jogo, são a baixa dificuldade, bem como o potencial de o deixar viciado. Quem o avisa já viveu durante anos neste mundo.


Editora: Spiral House

Distribuidora: Epic Games Store

Plataformas: PC Windows

Preço: €24,99


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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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