Tech World Iberia’22: Lenovo é líder do segmento de PC em Portugal e na EMEA

Por: Mafalda Freire
Tempo de leitura: 7 min
Alberto Ruano, director-geral da Lenovo Ibéria.

A Lenovo reuniu, em Madrid na Praça de Touros Las Ventas, jornalistas, parceiros, colaboradores e clientes para revelar que conseguiu «melhorar a rentabilidade pelo décimo trimestre consecutivo», apesar da situação geopolítica, e registar receitas de 17,1 mil milhões de dólares (16,2 mil milhões de euros) no segundo semestre do ano fiscal de 2022/23. Isto «representa um decréscimo de 4%», não porque a empresa tenha baixado as vendas, mas sim «por motivos de câmbio», salientou Alberto Ruano, director-geral da Lenovo Ibéria.

O responsável revelou que «todas as unidades de negócio da empresa contribuíram para os bons resultados» com área de negócios «não PC a representar mais de 37,4% do total das receitas», algo que considerou «muito importante já que a empresa é maioritariamente um fabricante de computadores».

Alberto Ruano destacou que «a EMEA pesa já 25% no volume de negócio» da empresa e que a Lenovo é a fabricante «número um» em termos de quota de mercado de PC na região, tendo a «segunda posição em Espanha e a primeira em Portugal», segundo dados da IDC. Já ao nível de tablets, a Lenovo é a terceira “força” na Europa, Médio Oriente e África, é líder em Espanha e ocupa a segunda posição em Portugal.

Ao nível ibérico, a empresa tem a maior quota de mercado na área de computadores com 29,2% e os destaques do responsável foram ainda para «o crescimento de 8% das receitas no primeiro semestre». Alberto Ruano sublinhou o facto de «este ter sido o melhor trimestre da história da empresa na Ibéria».

Estratégia passa por três pilares
O foco da empresa para continuar a crescer no futuro passa pelas suas três áreas de negócios: soluções e serviços, infraestrutura (data centers) e dispositivos inteligentes e o objectivo no segundo semestre «é manter a primeira posição a nível global, crescer os lucros, em especial nas áreas de workstations, ecrãs, OEM, colaboração inteligente e e-commerce; e continuar a aumentar as vendas de serviços», disse Alberto Ruano. Tudo isto com a ajuda do «regresso à normalidade das cadeias de abastecimento e uma melhoria dos tempos de entrega», mas num contexto de «retracção de mercado, já que a IDC prevê que exista um declínio de 19%», acrescentou o responsável. A Lenovo anunciou ainda que vai continuar a investir na inovação e que «15% das suas receitas serão usadas em projectos de investigação e desenvolvimento de novos produtos».

Kevin Beck (Lenovo) com o ThinkPad X1 Fold.

30 anos de sucesso
Alberto Ruano falou ainda do marco histórico atingido este ano pela gama ThinkPad que comemora o trigésimo aniversário: «200 milhões de unidades vendidas». O responsável explicou que a marca, que foi adquirida pela Lenovo em 2005, conseguiu desde essa altura «vender 175 milhões de unidades», enquanto a anterior detentora, a IBM, «desde 1992 até à venda só vendeu 25 milhões de unidades».

Kevin Beck, senior story technologist da Lenovo, que está ligado ao desenvolvimento da ThinkPad quase desde o início esclareceu que houve dois marcos no desenvolvimento da gama. A primeira foi a decisão de atribuir o projecto ao «laboratório do Japão» e a segunda que o «design fosse inspirado na caixa bento japonesa». Nestes trinta anos, os computadores continuam a ser pretos com áreas vermelhas mas estão «muito mais finos, mais leves e mais rápidos». O responsável recordou que o ThinkPad de 1992 tinha 3,5 Kg de peso, uma espessura de 56 milímetros e quatro horas de bateria» e que, actualmente, o modelo mais recente pesa cerca de 1,1 Kg, têm 15 milímetros de espessura, e oferece entre 12 a 15 horas de autonomia». Hoje em dia, o foco de desenvolvimento destes PC é tal como há trinta anos, «a durabilidade, a fiabilidade, a usabilidade, a inovação e as tecnologias certas», disse Kevin Beck.

O responsável mostrou o mais recente ThinkPad X1 Fold, um portátil dobrável cuja robustez e versatilidade impressionou ao vivo. Esta segunda geração trazida ao Tech World Iberia’22 pelo “contador de histórias” da Lenovo tem «dezenas de imãs» que permitem que o ecrã dobre ou estique e fique como um mini laptop, um tablet ou um portátil com duplo ecrã na horizontal ou na vertical.

Fabio Capocchi, EMEA mobile business group general manager da Motorola.

Motorola a crescer
O desempenho da área mobile da Lenovo foi igualmente positivo e os marcos atingidos pela empresa foram realçados por Fabio Capocchi, EMEA mobile business group general manager da Motorola: «As receitas na EMEA cresceram 24% ano-a-ano e 10% na Ibéria».

No primeiro semestre do ano fiscal, que decorreu entre Maio e Setembro, a empresa atingiu «uma facturação record a nível global» desde que foi adquirida pela Lenovo há cinco anos.

Para o segundo semestre, a ambição é «continuar a crescer, ter uma oferta para o segmento B2B» e a num curto espaço de tempo a ideia é «expandir a mais países na região da EMEA». Assim, a Motorola deverá regressar “em força” ao mercado nacional, onde está com uma presença reduzida, com produtos apelativos e com uma grande relação qualidade/preço como evidenciam os mais recentes equipamentos da marca testados pela PC Guia.

O responsável relembrou ainda a parceria estratégica plurianual e exclusiva com a Pantone, especialistas em cor, que vai permitir «lançar modelos com a cor do ano» e «diferenciadores» do que existe no mercado.

Seguir:
Jornalista da área de tecnologia B2C e B2B. Fã de tudo o que seja tech, especialmente o que está relacionado com automóveis e mobile. Além disso é apaixonada pelo universo do Star Wars.
Exit mobile version