Nos anos 90 do século passado e nos primeiros anos do século XXI, antes de haver leitores de MP3 portáteis, lojas de música digital e serviços de streaming, grande parte das pessoas usavam um programa chamado Winamp.
Este era o leitor de ficheiros de áudio preferido de quem descarregava música através do Napster, Limewire e o Kazaa (os primeiros sistemas de partilha de ficheiros através da Internet) e também de quem “ripava” a sua coleção de CD para MP3 para a guardar no disco do computador.
Tal como aconteceu com outras aplicações desse tempo, também o Winamp acabou por ser ultrapassado por novas soluções de software e serviços e caiu no esquecimento. Mas nunca morreu. Depois de anos de uma gestão duvidosa por parte da AOL, em 2014, o Winamp foi comprado por uma empresa chamada Radionomy. Em 2016 começou a circular uma actualização, que acabou por ser lançada oficialmente em 2018. Também estava prevista uma actualização mais substancial, a versão 6.0, para 2019.
Mas os planos acabaram por não se concretizar. Na semana passada, quatro anos depois da última actualização oficial, a Radionomy lançou uma nova versão do Winamp. A notas de lançamento do Winamp 5.9 RC1 Build 1999, dizem que esta actualização é o culminar de quatro anos de trabalho, desenvolvido por duas equipas, que só foi atrasado pela pandemia.
Grande parte do trabalho focou-se em funcionalidades que não são visíveis pelo utilizador. A base do código foi actualizada, mas a aplicação tem o mesmo aspecto que sempre teve. O código foi migrado do Microsoft Visual Studio 2008 para o Visual Studio 2019. Também foram actualizados muitos codecs e a compatibilidade com streams HTTPS do Windows 11 froi melhorada.
A versão final será a 5.9 e algumas funcionalidades só serão incluídas na versão 5.9.1 e superiores. Para funcionar, o novo Winamp precisa do Windows 7 Sp1 ou superior. O programa deixou de ser compatível com o Windows XP.
Como já foi mencionado, o aspecto do “novo” Winamp é essencialmente o mesmo das versões anteriores, o que o torna difícil de usar nos ecrãs actuais, que oferecem mais resolução e densidade de píxeis.
Se quiser experimentá-lo, pode descarregar o Winamp a partir daqui.