Ainda faltam 48 horas para o Dia das Mentiras, mas a Dyson parece ter-se antecipado. A marca conhecida pelos seus aspiradores anunciou um novo produto, o Dyson Zone: uma máscara com purificador de ar com auscultadores integrados – ou será o contrário?
Contudo, esta não será mesmo uma partida de 1 de Abril antecipada: o produto é real, esteve em testes durante «seis anos», deu origem a «quinhentos protótipos» e a notícia sobre a patente até já tinha sido dada por alguns sites há dois anos.
Juntar auscultadores a uma máscara purificadora de ar é uma ideia arriscada: a Dyson diz que este gadget tem «compressores em cada concha» que «atraem ar através dos filtros de dupla camada e projectam dois fluxos de ar purificado para o nariz e a boca do utilizador, canalizados pela viseira sem contacto».
Ou seja, é muito provável que o ruído ou trepidação destes compressores/motores do sistema de purificação influenciem, de alguma forma, a experiência de audição com estes auscultadores.
Apesar de a marca garantir que o Dyson Zone tem um «áudio envolvente e protecção contra os ruídos urbanos indesejados graças ao cancelamento de ruído activo», as primeiras impressões de quem já experimentou este gadget não alinham com uma experiência assim tão boa – o ruído dos motores acaba por ouvir-se sempre, mesmo com o ANC ligado.
Entre as outras características dos auscultadores estão o «sistema electroacústico de neodímio de alto desempenho, a baixa distorção e uma resposta de frequência neutra», que, segundo a Dyson, reproduzem «fielmente a música como é pretendido pelo criador».
Já a máscara, em si, tem uma «boquilha semelhante à que se usa no snorkel», num formato que ocupa cerca de um terço da cara do utilizador na zona da boca e do nariz: «Uma viseira eficaz e sem contacto total com o rosto e que fornece um novíssimo mecanismo de fornecimento de ar limpo», descreve a Dyson.
Ainda sobre o formato deste produto, a marca faz uma comparação, no mínimo inusitada, ao comparar esta máscara com… uma sela de um cavalo: «O Dyson Zone foi concebido para distribuir o peso pelos lados da cabeça e não no topo. Uma sela geralmente curva-se sobre a coluna do cavalo, distribuindo a carga por contacto com as áreas esquerda e direita da espinha dorsal, um formato usado para a almofada central da bandolete».
Para já não há qualquer informação sobre disponibilidade dos Zone (será que vão mesmo ser comercializados?) ou preço – a Dyson remete novidades para os «próximos meses». Contudo, talvez seja um bom plano aprender com a experiência da Razer, com a primeira Zephyr: uma máscara RGB que, na teoria, roçava a perfeição, mas que na prática (chegou mesmo ao mercado) acabou por ser um falhanço.