Intel não vai limitar a mineração de criptomoedas nas suas gráficas

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Imagem - Intel

À medida que a data de lançamento das placas gráficas Arc Alchemist da Intel se vai aproximando, continuam a surgir mais detalhes acerca desta nova incursão da empresa no competitivo mercado dos gráficos para computadores de consumo. Numa entrevista recente, Raja Koduri, gestor da divisão ‘Accelerated Computing Systems and Graphics’ e Roger Chandler, o chefe da divisão ‘Client Graphics Products and Solutions’, deram algumas pistas acerca da posição que a Intel vai assumir no que respeita à utilização das suas futuras placas gráficas para a mineração de criptomoedas.

A questão mais pertinente é se vai existir alguma limitação de desempenho das novas gráficas Intel nas actividades de mineração, como já acontece com a Nvidia que começou a impor um limite de hashrate, através de software, nos modelos de placas gráficas mais recentes.

Chandler disse que todas as optimizações e funcionalidades em que a equipa de desenvolvimento da Intel se focou foram para garantir que o hardware conseguiria resolver problemas e entregar a valor aos jogadores e criados de conteúdos. Também indicou, que não incluem nenhumas funcionalidades pensadas especificamente para os que se dedicam à mineração de criptomoedas, e que essas actividades não são uma prioridade para a Intel. Koduri concordou, e disse que a equipa não estava a investir tempo, ou esforço, para impedir os utilizadores de usarem as placas para a mineração de criptomoedas.

Outra questão importante nos dias de hoje, com a falta de semicondutores, é como a Intel planeia assegurar que existe hardware para venda após o lançamento. Em respostas, Koduri disse que, apesar de a Intel começar em terceiro lugar, há muito entusiasmo por parte dos parceiros OEM.

Uma dúvida que surgiu desde o anúncio das novas placas é que jogos actuais e futuros vão suportar a tecnologia Xe Super Sampling (XeSS) na altura do lançamento. Chandler disse que o anúncio da tecnologia XeSS criou entusiasmo e que a Intel já está a trabalhar com “várias dezenas” de estúdios. Disse ainda que se pode esperar que um grande número de jogos com XeSS e com boas perspectivas de crescimento.

Para além do desempenho puro e simples nos jogos, segundo Chandler, a Intel também está a trabalhar em optimizações e funcionalidades especiais para a gravação e streaming de conteúdos.

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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