Lançado originalmente em 2001, a gama de processadores Itanium foi uma experiência criada em conjunto com a HP, para propor ao mercado uma alternativa à arquitectura x86 no mundo dos servidores. Utilizando uma arquitectura de 64-bit ISA (Instruction Set Architecture), o Itanium tinha como vantagem ser mais eficiente a desempenhar determinadas tarefas, já que toda a sua arquitectura foi especificamente criada para as mesmas, em vez de precisar de garantir toda a retrocompatibilidade como acontece com a arquitectura x86.
Existiam, porém, certas limitações, como a necessidade de utilização de um sistema operativo específico, o HP-UX, que era baseado em Unix (System V), bem como precisavam do uso de compiladores próprios, que determinavam que instruções seriam executadas pelo processador. Estas especificidades acabariam por tornar o Itanium numa plataforma muito limitada, razão pelo qual a HP foi praticamente o único fabricante a usa-lo na sua gama de sistemas Integrity da HPE (Hewlett-Packard Enterprise).
A última série de processadores Itanium fabricados pela Intel foi enviada para a HP no dia 29 de Julho. Até a própria HP já determinou o fim desta plataforma, ao anunciar o fim do suporte do sistema operativo HP-UX para 31 de Dezembro de 2025. Com esta acção, a Intel passa a fabricar somente processadores x86-64 para todas as categorias de produtos, desde consumo a profissionais e servidores.