Ghost of Tsushima

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

A Sony escolheu Ghost of Tsushima para ser um dos últimos, senão o último, título classe A a ser lançado para PS4, que se espera que seja substituída no final deste ano pela PS5. A história passa-se numa ilha japonesa em 1274, durante a primeira invasão mongol, e segue as aventuras de Jin Sakai, o último samurai a sobreviver à batalha que se seguiu após o desembarque das forças invasoras; o seu objectivo é expulsá-las. Ghost of Tsushima podia chamar-se Assassin’s Creed Japan (ou algo parecido), porque se trata efectivamente de uma transposição fiel da mecânica de jogo desta série da Ubisoft – vou explicar porquê.

Mundo aberto
Este jogo passa-se num mundo completamente aberto, com missões secundárias e uma missão principal, dividida em episódios. Na sua maioria, as missões podem ser executadas em modo furtivo ou confrontando os adversários. Jin pode progredir através da aprendizagem de novas habilidades, que neste caso estão divididas por várias técnicas de combate. As armas podem ser melhoradas ao longo do jogo usando objectos que se podem apanhar um pouco por todo o cenário. Podia arranjar mais pontos de contacto entre Assassin’s Creed e Ghost of Tsushima, mas iria ocupar todo o espaço disponível para esta review.

No entanto, o facto de serem jogos semelhantes não é necessariamente mau: a interpretação que a Sucker Punch fez deste género resolve uma série coisas que não funcionavam muito bem nos jogos da Ubisoft. Por exemplo, usar o vento para indicar a direcção em que temos de ir para chegar a um objectivo é um toque muito interessante (em contraponto com o indicador na bússola que há em Assassin’s Creed), ou o facto de se conseguir eliminar inimigos com um headshot de flecha, se estivermos à distância certa.

Visualmente, Ghost of Tsushima está impecável, com florestas sombrias, templos perdidos em falésias e prados verdejantes. Tudo credível e muito bem representado. Os movimentos de Jin são iguais aos dos que vimos em filmes de samurais. Por falar em filmes, existe um modo de visualização ‘Akira Kurosawa’ que coloca todo o jogo a preto e branco e que até mostra as imperfeições do filme. Tudo para dar mais atmosfera. Por falar em atmosfera, recomendo jogar com os diálogos em japonês e legendas.

A principal crítica que se pode fazer a este jogo está no sistema de combate, principalmente quando se luta contra vários inimigos. É muito fácil ficarmos virados para o lado errado porque não existe um sistema de ‘lock’ que colocaria um inimigo sempre à nossa frente (como em Assassin’s Creed).

Outro problema é quando se tem de combater em espaços mais limitados: aqui, ficamos impedidos de usar as habilidades de Jin com eficácia, o que transforma o combate numa confusão completa. Ainda neste campo, deparei-me várias vezes com um bug que paralisa os inimigos, o que tira o divertimento em alguns encontros.


Editora: Sucker Punch

Distribuidora: Sony

Plataforma: PS4

Site: playstation.com

Preço: €79,99


Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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