A Quarentena de Toda a Criatividade

Por: Pedro Aniceto
Tempo de leitura: 3 min
©Bench Accounting

Estimados leitores, estou desolado. Passei uma vida profissional inteira a não me preocupar com vírus (apenas q.b.) e nos últimos dias estou aqui, socialmente isolado, num degredo apenas interrompido pelo regime de teletrabalho e pelos pedidos de artigos do director da PCGuia… não é motivo para lamento, basta pensar que milhões de pessoas estão neste momento na mesma situação e muitos há que, por necessidade do funcionamento do País e das estruturas essenciais, estão na linha da frente do combate. A todos eles, sem excepção, a minha vénia de agradecimento

A situação pandémica que atravessamos (e da qual vamos todos ficar bem!) também trouxe coisas boas à nossa comunidade. Num ápice, toda a gente se quis informar sobre ferramentas e plataformas de trabalho à distância. Acho que nunca disse a tanto amigo como criar e configurar contas de Skype, nunca dei tanta informação sobre microfones e câmaras. Teams, Moodle e ferramentas Google diversas foram subitamente alvo da atenção de milhares de utilizadores. O FaceTime “ressuscitou” nas mãos de muita gente, e “nasceu” para outros tantos que nunca o tinham utilizado.

E isso é bom, mesmo muito bom. Mesmo com base numa desgraça, aumentar a nossa literacia digital e o controlo dos nossos equipamentos será sempre bom. Vou vendo muitos filhos a ensinar pais e avós; aquilo que não havia antes, tempo, é o que agora sobra.

As redes sociais estão ao rubro. Estou convencido de que centenas de ligações se têm estabelecido neste período, ligações essas que, porventura, se não fariam, se não fosse a conjuntura actual. A criatividade, essa, tem sido um autêntico vulcão em erupção. Num repente, cidadãos comuns tornaram-se estrelas de stand-up comedy, cantores, músicos e entertainers de toda a espécie. A acessibilidade e o tráfego Web hão-de mostrar números espantosos quando tudo isto terminar. Há negócios que prosperarão (algumas ainda mais) por conta deste isolamento forçado. O mal de uns é o bem de outros.

Tinder, Bumble e demais aplicações de namoro devem odiar os tempos actuais. Mas, hey, vamos ficar todos bem.

Protejam-se. Isolem-se. Voltaremos a sorrir.

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