Call of Duty Modern Warfare

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min

Tal como aconteceu no início da série Call of Duty, a nova versão de Modern Warfare tenta capturar a as sensações visuais e auditivas de estar no meio de uma batalha real. Mas, se no início foi a operação Overlord, em que as tropas aliadas desembarcaram na Normandia, neste episódio lutamos nas ruas de um país imaginário chamado Urzikstan, nas ruas de Londres e em São Petersburgo. A campanha single player tem uma duração de oito horas e faz-nos “saltitar” entre cada uma das localizações em várias missões, com cutscenes que intercalam a acção e ligam uns cenários aos outros.

Coreografia cuidada
Mas ao contrário dos episódios anteriores, tudo o que se passa na campanha do novo CoD é mais coreografado. Por exemplo, há uma missão em que temos de fazer um raid a uma casa em Londres, onde se suspeita que estejam terroristas escondidos. É uma operação tirada do ‘playbook’ de qualquer equipa de forças especiais, com movimento ponderado e deliberado, o cenário é escuro e a única luz que vemos é brilho esverdeado dos óculos de visão nocturna. E cada vez que se entra numa divisão não pode haver hesitações – há décimos de segundo para avaliar se estamos perante um terrorista ou um inocente. Depois, temos uma missão num hospital, em que temos de capturar o chefe dos terroristas. Aqui, tudo é um pouco mais caótico e iluminado, mas o bailado é o mesmo. Há muitos civis espalhados pelos corredores e é necessário ter cuidado para onde se dispara.

Na campanha, a selecção de armas é mais limitada, mas pode-se sempre apanhar a do inimigo que acabámos de eliminar, se quiser experimentar outras “ferramentas”.

Visualmente, é um jogo muito bem acabado, com transições muito suaves entre as cutscenes e a acção propriamente dita.

Apesar de termos recebido uma cópia de análise para PS4, decidimos fazer a review na versão PC, porque só o facto de oferecer a hipótese de poder experimentar o jogo a 4K real, com ray-tracing e antiliasing a sério, já vale a pena. Mas tem de ter espaço, porque este jogo ocupa uns impressionantes 175 GB.

O novo Call of Duty Modern Warfare não desaponta: os gráficos são excelentes, a forma como a luz envolve os objectos está muito bem conseguida e as explosões estão bastante realistas.

Uma das poucas coisas que necessitam de ser resolvidas é um pequeno problema gráfico que faz com que, por vezes, alguns NPC andem sempre com a arma a tiracolo, embora com os braços na posição como se a tivessem apontada. Como calcula, é um pouco estranho estar a ver tiros a serem disparados de uma arma imaginária. Outro pequeno problema é a sincronia dos diálogos e dos lábios em certas cutscenes. No entanto, não são problemas que façam com que o jogo não seja divertido.


Editora: Activision

Distribuidora: Ecoplay

Site: callofduty.com

Disponível para: PS4, Xbox One, PC Windows

Preço: €69,99 (PS4, Xbox One), €59,99 (PC Windows)


Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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