Riba d’Ave recebe o supercomputador “BOB”

Por: Luis Vedor
Tempo de leitura: 3 min
FCT

Foi inaugurado em Riba d’Ave, no Minho, um supercomputador, permitindo o arranque das actividades do Minho Advanced Computing Centre (MACC) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, FCT, o qual “vem aumentar em cerca de 10 vezes a capacidade nacional de computação”.

A entrada em funcionamento do supercomputador “BOB”, no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE.2030 e no contexto específico da Estratégia Nacional de Computação Avançada, vem “facilitar e estimular a actual participação de Portugal nas diferentes redes e consórcios europeus envolvidos” no desenvolvimento e na utilização de computação, em particular no reforço da “Rede Ibérica de Computação Avançada – RICA” e da iniciativa Europeia “EuroHPC – European High performance Computing”.

O MACC está instalado no datacentre da REN, cuja operação é gerida de forma segregada pela REN e NOS, em Riba d’Ave, no Minho. Os sistemas já estão instalados na área operada pela NOS, e pretende-se que seja alimentado maioritariamente por fontes de energia renováveis, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroeléctrica.

Este supercomputador, com uma capacidade de memória de 266TBytes, 1PByte de capacidade de armazenamento e 1 PFlop de performance de cálculo, foi instalado no MACC durante os últimos meses.

A inauguração do MACC foi acompanhada pela assinatura de dois protocolos de colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), designadamente:

a) Um primeiro protocolo com a REN e a NOS para a operação e utilização do supercomputador “BOB”, no âmbito do qual a FCT vai abrir concursos para apoiar anualmente novos projectos de I&D num total de 2 milhões de euros no domínio da inteligência artificial, computação avançada e assistentes de voz em português. A REN e a NOS garantem todas as condições de alojamento e operação do supercomputador por um período de 6 anos.

b) Um segundo protocolo, assinado com a REN, a NOS e a EDP, visando a promoção da utilização da computação avançada em áreas de aplicação com interesse e retorno directo para a economia, bem como o estudo de modelos mais eficientes de alimentação em energia eléctrica do MACC, optimizando a configuração de fornecimento das diversas fontes de energia renovável, assim como a optimização da refrigeração dos computadores.

A operacionalização destas novas máquinas em Portugal, a ter lugar até 2021, consubstanciará a consolidação da “Rede Ibérica de Computação Avançada – RICA”, e a sua afirmação nos contextos europeu e mundial. Os restantes locais identificados no âmbito da iniciativa Europeia “EuroHPC – European High performance Computing” incluem, para além do Minho e de Barcelona (Espanha), as regiões de Sófia (Bulgária), Ostrava (República Checa), Kajaani (Finlândia), Bolonha (Itália), Bissen (Luxemburgo) e Maribor (Eslovénia).

Por: Luis Vedor
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