Kaspersky Lab: Quatro previsões para 2019 sobre ciberameaças na segurança industrial

Por: Luis Vedor
Tempo de leitura: 3 min
Kaspersky Lab

Os ataques contra os Sistemas de Controlo Industrial (ICS) são difíceis de monitorizar. Os especialistas da Kaspersky Lab “dedicaram-se durante vários anos à investigação das ciberameaças que ocorrem em organizações industriais, tentando trazer a sua experiência e tecnologia para estes ambientes de tecnologia operativa (TO)”.

A Kaspersky Lab acredita que, em 2019, vão ser quatro os problemas principais que afectarão a cibersegurança dos sistemas industriais. O aumento do número de sistemas de automatização, a variedade de ferramentas de automatização, o número de organizações e pessoas com acesso directo ou remoto aos sistemas e, por último, o surgimento de novos canais de comunicação para monitorização e controlo remoto entre objectos estão entre os elementos que abrem caminho a novas oportunidades para os hackers planificarem e executarem os seus ataques.

A diminuição da rentabilidade e dos riscos provenientes de ciberataques direccionados às “vítimas tradicionais” estão a obrigar os hackers a encontrar novos objectivos, para além daqueles que já encontram nas organizações industriais.

Paralelamente, em muitos países, os serviços especiais, juntamente com outros grupos organizados – motivados por interesses políticos ou económicos – participam activamente na investigação e no desenvolvimento de técnicas para implementar espionagem e ataques terroristas contra empresas industriais.

Tendo em conta o contexto geopolítico actual, o desenvolvimento de sistemas de automatização em empresas industriais e a transição para novos processos de gestão e modelos de produção e actividade económica, este cenário continuará a desenvolver-se nos próximos anos e irá afectar negativamente as organizações industriais.

A falta de acesso público à informação sobre os problemas de segurança da informação dentro das empresas industriais, juntamente com o número relativamente baixo de ataques direccionados contra sistemas de automatização, uma confiança quase total nos sistemas de protecção de emergência e a própria negação desta realidade, têm um impacto negativo na avaliação dos níveis de ameaça por parte dos proprietários e operadores das empresas industriais e dos seus colaboradores.

Vários casos de grande repercussão, lançados através de ataques dirigidos contra um número muito limitado de vítimas, originaram a “impressão” da existência de uma potencial ameaça entre os investigadores de segurança. Não obstante, a informação técnica destes incidentes exigia uma grande compreensão da parte da maioria dos potenciais utilizadores e carecia de alguns detalhes importantes.

O campo de informação formado nestas condições, incluindo a ausência de uma necessidade diária em desviar os ataques dirigidos aos sistemas de controlo automatizados, tem dado aos responsáveis pelo desenvolvimento de soluções de segurança a oportunidade de criarem produtos para garantirem maior protecção contra cenários artificiais, pensados pelos próprios investigadores, do que contra as ameaças reais, que ocorrem diariamente pelo mundo fora.

Via Kaspersky Lab.

Por: Luis Vedor
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