Inteligência artificial para prevenir o crime

Por: Cátia Rocha
Tempo de leitura: 2 min

Criada por Ricardo Santos e Mauro Peixe, a startup Heptasense começa a partir do momento em que os fundadores, que já trabalhavam na área de inteligência artificial e sistemas críticos, detectaram aquilo que descrevem como «uma grande falha na segurança pública: das centenas de milhões de sistemas de videovigilância activos hoje em dia, apenas 2% são monitorizados». E, segundo os fundadores, mesmo nesses, não é possível detectar e prevenir possíveis situações criminosas.

Por isso, a Heptasense criou um software de inteligência artificial que é capaz de «reconhecer comportamentos criminosos ou suspeitos de pessoas num vídeo, sem comprometer a privacidade das mesmas», explicam os fundadores. Aqui, é feita a ligação de uma câmara à plataforma da empresa, permitindo que os vídeos sejam processados em tempo real.

Caso seja detectada uma ameaça, é enviado um alerta às entidades competentes, dependendo da situação. A Heptasense trabalha directamente com bancos, retalho, armazéns ou aeroportos, por exemplo.

O retalho é o sector com maior necessidade
Segundo os fundadores da Heptasense, a sua plataforma de inteligência artificial «mostra-se capaz de detectar e reconhecer padrões de forma mais rápida, precisa e menos intrusiva do que o olho humano». A empresa identifica o retalho como o sector onde este tipo de tecnologia é mais urgente: «O roubo é das maiores causas de perdas de lucro, que acontece em toda a cadeia de valor, desde as fábricas, passando pela distribuição e armazéns, até às próprias lojas».

Mas este não é o único sector onde a empresa quer actuar:a segurança pública também é um objectivo claro. «O nosso próximo passo passa por trabalhar de perto com as entidades que já estão no meio, desde empresas de segurança, polícia e militares, de forma a combinar a experiência das mesmas com as ferramentas avançadas da nossa plataforma, com o intuito não só de detectar, mas também de prevenir, e melhorar, assim, a segurança pública», explicam Ricardo Santos e Mauro Peixe.

É fã de tecnologia que lhe permita facilitar a vida e tem pavor a todo e qualquer sinal que diga bateria fraca. Passa a vida a ouvir música.
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