O marketplace solidário que chegou às empresas

Por: Cátia Rocha
Tempo de leitura: 3 min
A equipa da eSolidar.

Fundada por Marco Barbosa, Miguel Vieira e Rui Ramos, o primeiro rascunho da eSolidar começou com a tese de mestrado de um dos fundadores, com uma proposta ligada a comércio electrónico, redes sociais e impacto social.

De acordo com Marco Barbosa, CEO na eSolidar, no início, esta era uma aplicação que «funcionava dentro do Facebook, com o nome bewarket, e permitia que as pessoas vendessem as suas coisas e escolhessem uma percentagem para doar a uma causa social».

Com o passar do tempo, um programa de incubação em Sillicon Valley e um investimento da BusyAngels, a empresa evoluiu para um marketplace solidário, que permite aos utilizadores ajudarem causas sociais, através de compras, vendas, doações ou até de leilões para experiências ou artigos únicos.

A título de exemplo, é possível encontrar entre os leilões disponíveis, a raquete usada pelo tenista João Sousa em Kuala Lumpur, com o valor arrecadado a reverter para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, por exemplo. Segundo Marco Barbosa, «esta variedade de serviços numa só plataforma oferece um conjunto de opções que não se encontra noutras plataformas de angariação de fundos».

Para sustentabilidade, a eSolidar retira uma percentagem do valor angariado, se estivermos a falar sobre o marketplace disponível para o grande público. Mas o mercado da solidariedade nem sempre é fácil: «Este é um mercado difícil e em Portugal somos líderes na angariação de fundos para causas online», contextualiza Marco Barbosa, referindo ainda que é preciso um cuidado especial com «a transparência das operações e na veracidade de tudo o que colocamos online».

A chegada da versão para empresas

Por enquanto em fase beta, a Business eSolidar conta com algumas empresas a testar esta versão do marketplace solidário. No caso da versão para empresas, a forma de rentabilidade é diferente: «A mensalidade depende do número de colaboradores», explica o CEO da empresa, que também opera no Reino Unido.

Para Marco Barbosa, existem vários objectivos com este lançamento: «O primeiro é dar uma solução integrada de gestão da responsabilidade social das empresas, envolvendo os colaboradores no processo; é aqui que está a grande diferença, porque este tipo de actividades pode ter um impacto muito grande na satisfação e produtividade dos colaboradores», explica.

Além disso, o responsável da startup refere ainda a criação de «uma ligação mais facilitada e fortalecida entre as empresas e as causas sociais». Por fim, a empresa de Braga não se esquece da escalabilidade: «Ao trazer empresas e os seus colaboradores, vai fazer crescer o nosso marketplace e multiplicar o impacto social criado», explica Marco Barbosa.

Entre as empresas que estão envolvidas nesta fase inicial, estão a Delta, a Siemens e a TAP.

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