Review – Fujifilm X-Pro2

Por: Gustavo Dias
Tempo de leitura: 3 min

São raras as ocasiões em que temos um equipamento Fujifilm para testes, mas a explicação é simples: a velocidade de renovação dos seus modelos demora sempre algum tempo. Veja-se o exemplo da X-Pro1, uma máquina com quatro anos de vida e que só agora foi substituída pela X-Pro2 aqui testada.

Ao contrário dos modelos Sony, Canon e Panasonic, por exemplo, esta máquina não pretende fazer a vida negra aos seus concorrentes, mas simplesmente melhorar, em todos os pontos, o que já era bom na anterior X-Pro1. O corpo, por exemplo, está praticamente inalterado, embora existam algumas novidades relevantes, como o excelente joystick, junto ao ecrã, que permite selecionar o ponto de focagem desejado, ou o inovador e revolucionário viewfinder que consegue ser óptico, digital ou híbrido.

A primeira opção é a ideal para quem prefere uma utilização mais tradicional, mais “apaixonada” e pura, permitindo-nos desfrutar de um dos poucos prazeres que um entusiasta tanto tinha que realizar, um processo de quase adivinha sobre qual a área que estará a ser efectivamente captada pelo sensor. O digital permite transformar o visor desta X-Pro2 num equipamento actual, permitindo assim uma precisão superior; de seguida temos o modo híbrido, ideal para quem prefere usar o visor óptico. Contudo, aqui é necessária alguma ajuda durante a focagem manual, sendo utilizado o canto inferior direito para uma ampliação da imagem.

Mas nem tudo é perfeito nesta X-Pro2. O corpo poderia ser mais ergonómico como a X-T1 (e a futura X-T2). com o seu design típico de uma reflex; a organização dos comandos manuais, como a integração da roda de selecção de ISO com a roda de velocidade de disparo, também é tudo menos intuitiva.

De resto encontramos um novo processador de imagem X-Processor Pro, um novo sensor de imagem X-Trans II de 24 MP de formato APS-C e um novo sistema de focagem automática híbrida, com 273 pontos, sendo 77 do tipo de detecção de fases. Apesar de os primeiros revelarem uma qualidade impressionante em termos de imagem e baixo ruído (mesmo usando níveis ISO mais altos, como 3200 ou 6400), o último demonstrou estar aquém do desempenho demonstrado pelos sistemas de modelos rivais, como o da Sony Alpha 6300. O mesmo se poderá dizer do suporte da captação de vídeo, que cumpre os “serviços mínimos” ao permitir captar vídeo em FullHD a 60 fotogramas por segundo.

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Editor da revista PCGuia, com mais de 10 anos no mercado de publicações tecnológicas. Grande adepto de tudo o que seja tecnológico, ficção científica e quatro rodas.
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