Desde que os marketeers inventaram o conceito de PC para “criadores de conteúdos”, todas as marcas passaram a tê-los nos seus catálogos, mesmo que nem sempre o digam de forma explícita. Antes, os computadores com uma placa gráfica dedicada eram pensados para aplicações gráficas; agora, são promovidos como máquinas para criar vídeos e outros conteúdos para as redes sociais — sinais dos tempos.
É o caso deste modelo, em que a designação Flip indica que o ecrã (táctil) pode ser rodado 180 graus para a parte de trás, transformando o portátil num tablet. Este Vivobook pode ainda ser usado em modo “tenda”, rodando o ecrã cerca de 45 graus para trás, ideal para ver filmes ou fazer apresentações.
O tamanho do ecrã (dezasseis polegadas) permitiu à Asus integrar um teclado completo, o que é uma mais-valia num PC de trabalho. O trackpad é também de grandes dimensões, algo positivo para quem o usa longas horas. O chassis metálico, em cinza-escuro, transmite solidez, e a única iluminação é a retroiluminação do teclado. No entanto, é um computador volumoso e com quase dois quilos, pelo que convém ter uma mochila espaçosa.
Copilot só com NPU
Este é o primeiro portátil que testámos com uma placa gráfica RTX 5050 da Nvidia, acompanhada de 8 GB de memória dedicada. Não é para jogar ‘Cyberpunk 2077’ com ray tracing, mas é suficientemente competente em tarefas como codificação de vídeo, renderização 3D e processos locais de IA. Estas últimas, porém, apenas através de modelos integrados em software de terceiros, já que o Windows utiliza exclusivamente o NPU (unidade de processamento neural) do processador — neste caso, um Intel Core Ultra 7 de segunda geração.
Em termos de utilização, o Vivobook 16 Flip é bastante silencioso em tarefas leves, mas torna-se mais ruidoso quando sujeito a maior esforço — algo necessário para manter o processador fresco e evitar que reduza a velocidade para se proteger. O aumento do ruído deve-se à falta de espaço interno, que obriga as ventoinhas a rodar mais depressa.
Velocidade com moderação
Não se pode dizer que seja um PC lento, mas fica atrás de alguns concorrentes com CPU semelhante nos testes realizados. Nos ensaios que privilegiam o desempenho do processador, os resultados são consistentes com o esperado. Já nos testes gráficos, o comportamento é satisfatório, embora a RTX 5050 limite o ganho de performance. Nos testes de IA, os resultados são irregulares e, em certos casos, inferiores aos de outros modelos da Asus que dependem apenas do processador.
Distribuidor: Asus
Preço: €2199,99
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 6810
- PCMark 10 Produtividade: 9558
- PCMark Bateria: 665 minutos
- 3D Mark Wildlife: 33 680
- Procyon IA Computer Vision: 456
- Procyon IA Image Generation: 1171
- Procyon Text Generation: 1960
Ficha Técnica
Processador: Intel Core Ultra 7
Memória: 32 GB LPDDR5X
Armazenamento: SSD 1 TB M.2 NVMe PCIe 4.0
Placa Gráfica: Nvidia RTX 5050
Ecrã: OLED 16 polegadas, 3K (2880 x 1800), 120Hz
Ligações: USB-A 3.2, USB-C 3.2 Ger. 2, Thunderbolt 4, HDMI 2.1, jack 3,5 mm, leitor de cartões micro SD, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4
Dimensões: 355 x 244,3 x 18,2 mm
Peso: 1,85 kg