Dados de internamento de mais de 330 doentes do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, na sequência de AVC, foram usados para treinar um novo modelo de IA. A tecnologia, desenvolvida pela Nova IMS e pela Universidade do Algarve, garante uma «taxa de acerto de 98,5%».
Este projecto de «medicina preditiva e personalizada» é da responsabilidade de David Castro e Nuno António (Nova IMS ); e de Ana Marreiros e Hipólito Nzwalo (UAlg). Os quatro investigadores acreditam que este modelo contribui para a «existência de bases de dados clínicas estruturadas», o que promove a «aceleração da inovação em saúde.
Segundo os responsáveis, este modelo foi criado com base em «24 factores de risco, desde indicadores clínicos objectivos até variáveis relacionadas com o historial de saúde dos pacientes». Entre estes, a Nova e a UAlg destacam a «frequência respiratória, a glicemia, os níveis de hemoglobina, a idade e o estado de consciência».
«Este tipo de sistema permite aos profissionais de saúde agir mais cedo nos casos mais graves e adaptar os cuidados às necessidades reais de cada doente», explicam os autores deste modelo de IA aplicado à saúde, em concreto à «medicina preditiva e personalizada».
Apesar de ter sido aplicado a pacientes com AVC, este modelo «pode ser adaptado a outras condições críticas, como infecções hospitalares ou risco de readmissão» sublinha a equipa de investigação.