Um dos principais lançamentos de 2025, no que aos videojogos diz respeito, foi made in Portugal. Talvez esta afirmação seja um pouco exagerada, mas a verdade é que um dos cinco estúdios da produtora Funcom, responsável por ‘Dune: Awakening’, fica no País e contribuiu para a criação deste título.
«Temos 81 pessoas a trabalhar no nosso estúdio em Lisboa e somos ainda responsáveis por mais 45, que trabalham remotamente em vários países», diz Hugo Martinho, studio operations director desta “base” da Funcom, em Portugal.
‘Dune: Awakening’ é um jogo de sobrevivência multijogador de mundo aberto (com recolha de recursos, construção de bases, crafting e combates PvE/PvP), cujo lançamento é já hoje, para Windows, PS5 e Xbox, em modo preview. Inspirado no universo ‘Dune’, de Frank Herbert, este título baseia-se numa linha temporal alternativa onde Paul Atreides não existe.
Neste cenário, há uma guerra civil em Arrakis entre as Casas Atreides e Harkonnen, enquanto os Fremen desapareceram. Neste jogo, assumimos o papel de um agente infiltrado da Bene Gesserit, encarregado de investigar o desaparecimento dos Fremen e despertar o “Adormecido” .
Para Guilherme Santos, director-geral da Funcom no País, o lançamento de ‘Dune: Awakening’ é um «marco histórico para o mercado português dos videojogos», uma vez que, «pela primeira vez, há um estúdio em Lisboa, com uma elevada percentagem de talento local, a contribuir decisivamente para um jogo que se espera de sucesso global».
Para o responsável, esta é a «prova» de que, em Portugal, «não só se podem ter grandes projetos neste mercado, como é altamente recomendável que se faça um investimento ambicioso numa indústria que já vale mais do que o cinema e a música, juntos».
A Funcom é, mesmo, liderada a nível internacional por um português, Rui Casais. Entre outros jogos de destaque lançados por esta editora, nos últimos anos, estão ‘Age of Conan’, ‘The Secret World’ ou ‘Conan Exiles‘.