O sucesso da família EOS R, e das objectivas RF, levaram a que a Canon, finalmente, lançasse as variantes com sensores APS-C: a EOS R7 é o primeiro modelo a chegar ao mercado nacional. Inspirada na EOS 7D, esta máquina foi criada para utilizadores exigentes, que precisam de fotografar animais no seu habitat ou desportos, graças à excelente velocidade de captação contínua (até 30 fps com obturador electrónico) e ao eficaz sistema de focagem automática, que permite atribuir prioridades a objectos, como pessoas, animais ou veículos.
O sensor APS-C de 32,5 MP é capaz de captar imagens de elevada qualidade, mas por vezes é essencial usar o modo RAW (ou HDR e HEIF) para explorar a total capacidade do alcance dinâmico deste sensor, já que a compressão JPEG acaba por revelar algumas limitações. A resolução elevada deixa antever a utilização de pixéis bastante pequenos, o que à partida poderia representar dificuldades acrescidas em situações fraca luminosidade. Contudo, o processador DIGIC X fez um bom trabalho, garantindo imagens praticamente isentas de ruído em sensibilidades ISO até 1600.
Também tivemos bons resultados na captação de vídeo: em 4K, a EOS R7 usa a totalidade do sensor a 30 fps, mas para chegar aos 60 fps, faz um recorte de ecrã. A qualidade é bastante boa, fruto dos codecs C-Log e HDR PQ. Destaque ainda para a qualidade da nova objectiva de kit, a RF-S 18-150mm f/3.5-6.3 IS STM – mesmo não estando ao nível de uma RF 24-105mm F4L IS USM, demonstrou ser versátil para viagens, mas incapaz de tirar total partido da velocidade deste rapidíssimo sensor.
Nota: 4,5/5
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