Quando a Valve lançou o Steam Deck, o primeiro PC que é uma consola portátil (ao estilo da Nintendo Switch), também lançou o SteamOS, um sistema operativo baseado em Linux que prometia correr jogos para Windows a velocidades aceitáveis.
O sucesso da Valve criou um novo nicho de mercado que foi aproveitado por outras marcas: uma delas foi a Lenovo, que lançou a Legion Go, já testada na PCGuia. Mas todos os novos dispositivos usavam Windows que, como é sabido, não funciona muito bem em hardware com poucos recursos, principalmente no que toca a jogos. Este ano, foi anunciado oficialmente que o SteamOS ia chegar a dispositivos de outros fabricantes: o primeiro é a Legion Go S.
Igual e diferente
Em termos de hardware puro, este dispositivo é simultaneamente um avanço, um retrocesso e uma continuação da Legion Go original de 2023. Para começar, já não tem os comandos destacáveis, com a capacidade de rato (temos a certeza de que a Nintendo copiou este conceito na Switch 2); depois, o ecrã IPS encolheu de 8,8 polegadas para 8 polegadas certas, baixando a resolução de 2560 x 1440 para 1920 x 1200.
Pesando tudo isto, a Legion Go S assenta mais agradavelmente nas mãos que o original: é mais redonda, mais macia, mais leve e tem ainda alguns detalhes agradáveis como os joysticks de ‘efeito Hall’ com boa resposta e profundidade ajustável dos gatilhos.
SteamOS como uma luva
No contexto dos PC/consolas, nada se compara ao SteamOS. O Windows 11 pode, até, ter uma selecção maior de jogos, mas com joystick e um ecrã táctil é complicado de usar. A interface do SteamOS, optimizada para este hardware, é mais fluida, já para não falar da maior fiabilidade e do conjunto de funcionalidades mais focadas em jogos. Isto traz para a Legion Go S algumas das melhores funcionalidades do Steam Deck, desde o ‘Quick Resume’ totalmente funcional aos perfis de energia personalizados para cada jogo.
Desempenho
O que a Legion Go S ganha em usabilidade com o SteamOS, perde no que toca ao desempenho puro. Isto porque, por muito que se optimize o software, o hardware tem os seus limites. Nos testes sintéticos, ficou a par dos outros dispositivos deste tipo, mas, nos de gaming, ultrapassou-os, ainda que ligeiramente, muito por culpa das optimizações que a Valve faz para cada jogo.
Distribuidor: Lenovo
Preço: €829
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 6148
- PCMark 10 Bateria Modern Office: 290 minutos
- 3DMark Fire Strike: 5700
- 3DMark Time Spy: 3433
- Far Cry 6 (1080p Ultra): 50 FPS
- Shadow of the Tomb Raider (1080p Highest DX12): 40 FPS
Ficha Técnica
Processador: AMD Ryzen Z1 Extreme
Memória: 16 GB
Armazenamento: SSD NVMe com 1 TB
Placa Gráfica: Ryzen Z1 (integrada)
Ecrã: 8” LCD IPS, 120 Hz (1920 x 1200)
Ligações: 2 x USB-C, leitor de cartões microSD, WiFi 6E, Bluetooth 5.3, jack de 3,5 mm
Dimensões: 299 x 128 x 23 mm
Peso: 740 gr