Em Janeiro de 2024, a promotora imobiliária Litehaus anunciou um projecto que previa a construção das «primeiras casas portuguesas» com recurso a uma «impressora 3D» e um tipo de cimento especial. Com este recurso, seria possível construir 45 metros quadrados em «apenas vinte horas».
Quase um ano e meio depois deste anúncio, é a startup portuguesa Havelar que anuncia a «primeira obra pública com recurso a impressão 3D»: um edifício de quinhentos metros quadrados no Ecocentro de Perafita, em Matosinhos.
Segundo a empresa, trata-se de um investimento de «oitocentos mil euros» que servirá de sede ao projecto ReCircular. A Havelar lembra ainda que, em 2024, já tinha sido a responsável por «erguer a primeira casa em impressão 3D» do País, em «apenas dezoito horas».
A tecnologia da Havelar prevê o uso de betão, terras e argila, que «permitem reduzir a pegada de carbono associada ao uso do cimento convencional», na linha da matéria-prima adoptada pela Litehaus.
«Perante um contexto de crise de habitação e escassez de recursos, podemos ser a solução. Além de sustentável, a impressão 3D permite maior versatilidade no local de construção. Para as autarquias pode ser uma forma mais rápida e económica de dar resposta às necessidades da população», conclui José Maria Ferreira, CEO da Havelar.