A GoParkly foi fundada em 2024, mas começou com «pesquisas iniciais e protótipos» no final de 2023 – esta é uma plataforma que liga condutores à procura de estacionamento a espaços privados disponíveis. Segundo Fábio Martins, co-fundador e CEO da startup, os utilizadores podem «pesquisar, reservar e pagar com antecedência ou em movimento»; já os anfitriões «listam os seus espaços, definem a disponibilidade, o preço e recebem pagamentos de forma automática». A plataforma inclui, ainda, funcionalidades como «reservas instantâneas, instruções de acesso, pagamentos seguros e avaliações». A solução terá um lançamento gradual até Outubro de 2025 em Lisboa, Porto e Faro; para já, está disponível como uma «plataforma Web», mas uma app para iOS e Android «está em desenvolvimento, com lançamento previsto para o quarto trimestre de 2025», avança Fábio Martins.
O empreendedor revela que a ideia de criar a GoParkly aconteceu «durante um festival» enquanto procurava um lugar de estacionamento no «caos de Lisboa», altura em que viu «muitas garagens vazias» sem que fossem aproveitadas. Assim, decidiu «elaborar um plano que cobrisse todos os pontos da ineficiência e o impacto ambiental do estacionamento urbano», tendo como base o facto de «até 30% do tráfego nas cidades ser causado por condutores à procura de lugar para estacionar». A GoParkly nasceu, assim, para «tornar o estacionamento mais inteligente, reduzir as emissões e permitir que moradores e empresas recebam uma renda passiva ao partilhar lugares privados não utilizados».
Foco na sustentabilidade e local
A plataforma tem um sistema de preços dinâmicos «baseado nas tarifas do mercado local, tipo de vaga, localização e procura», com a GoParkly a receber uma «taxa de serviço por cada transacção» (tanto dos anfitriões, como dos utilizadores), num modelo semelhante ao de outras plataformas peer-to-peer.
Fábio Martins sublinha que este modelo se foca em «desbloquear espaços privados subutilizados e não apenas em listar parques comerciais, disponibilizado informação em tempo real, pagamentos automatizados e instruções de acesso». A preocupação com a sustentabilidade também foi tida em conta, dado que a app permite a «redução mensurável de CO₂». O CEO fala ainda num «impacto económico local» e em «parcerias com startups locais» – um dos exemplos é a Dengun.
A startup vai começar a operar em Portugal, mas há planos de expansão que incluem Madrid (final de 2025), Paris (início de 2026) e, em seguida, uma «implementação mais ampla em centros urbanos europeus com pressão de tráfego e estacionamento», além de haver estudos de casos de uso em «aeroportos, estádios e hospitais». A GoParkly conta com quatro profissionais, mas está a pensar aumentar a equipa no «segundo semestre de 2025» em áreas como «apoio ao cliente, marketing, parcerias e desenvolvimento».
Os objectivos da empresa estão bem definidos: Fábio Martins vê a startup a ser a «principal plataforma de partilha de estacionamento na Europa até 2027» e a ajudar a «reduzir mais de dez mil toneladas de emissões de CO₂ até 2026». O CEO quer, ainda, apoiar «mais de cinquenta mil anfitriões a gerar rendimento adicional e integrar-se com parceiros de mobilidade (transportes públicos, carregamento eléctrico, plataformas de cidades inteligentes) para um ecossistema de transporte urbano mais fluido».