Os esforços da Microsoft para persuadir os utilizadores do Windows 10 a actualizarem para o Windows 11 parecem, finalmente, estar a surtir efeito. Em Junho de 2025, o sistema operativo mais recente registou um aumento significativo na quota de mercado, aproximando-a da do Windows 10. Embora o Windows 10 atinja o seu “fim de vida” daqui a três meses, ainda há várias hipóteses para adiar ou evitar a transição para o Windows 11.
De acordo com os dados do StatCounter para Junho de 2025, 47,8% dos utilizadores Windows em todo o mundo utilizam agora o Windows 11, colocando o mais recente sistema operativo da Microsoft pouco mais de um ponto percentual atrás do Windows 10, que se situa nos 48,8%. A diferença situa-se provavelmente dentro da margem de erro. A Microsoft tem intensificado recentemente os esforços para encorajar as actualizações para o Windows 11 antes que o apoio técnico ao Windows 10 termine a 14 de Outubro.
Em Portugal, a quota de mercado do Windows 11 conseguiu ultrapassar a do Windows 10 em Março.
O Windows 11 demorou quase três anos a alcançar o predecessor, ganhando adesão muito mais lentamente do que as versões anteriores. Os seus requisitos mínimos mais rigorosos podem ter sido a razão para a resistência dos utilizadores à mudança. Um exemplo é que a maioria dos processadores fabricados antes de 2017 não permite a instalação do sistema operativo, deixando cerca de 240 milhões de computadores pessoais incapazes de serem actualizados.
No entanto, o Windows 11 começou a ganhar uma quota de mercado significativa no início deste ano. Tanto em Março como em Junho registaram-se aumentos de mais de quatro pontos percentuais. Ainda assim, milhões de dispositivos com Windows 10 poderão ficar sem actualizações a partir de Outubro deste ano.
Aqueles que não conseguirem actualizar podem pagar à Microsoft para receberem mais um ano de actualizações de segurança, recebê-las gratuitamente ao inscreverem-se no Windows Backup, obter actualizações não oficiais através do 0patch, ou converter as suas máquinas mais antigas para Linux.
Entretanto, a Microsoft reviu recentemente uma declaração sobre o crescimento do total de utilizadores do Windows, o que gerou discussão sobre o futuro do mercado de computadores pessoais.
Em 2022, a empresa reportou que as instalações combinadas do Windows 10 e 11 tinham crescido de 1,3 para 1,4 mil milhões desde o ano anterior. Contudo, uma publicação no blogue do Windows no início deste mês afirmava apenas “mais de mil milhões”, o que levou à especulação de que o Windows teria perdido cerca de 400 milhões de utilizadores.
A Microsoft acabou por corrigir a publicação, que actualmente indica “mais de 1,4 mil milhões”, sugerindo que o Windows cresceu menos nos últimos três anos do que entre 2021 e 2022. Esses anos registaram um aumento nas vendas de computadores pessoais devido à pandemia, mas o mercado tem estabilizado desde então.