A primeira coisa que se nota quando se tira a Switch 2 da caixa é que se trata de uma consola bastante maior que a original. Curiosamente, esse tamanho reflecte-se apenas na largura, pois o ecrã passou de 6,2 polegadas para 7,9. Já a espessura, é 0,1 mm menor, no novo modelo. A resolução também aumentou de 720p para 1080p, bem como a velocidade de actualização máxima do painel, que agora é de 120 Hz. A Switch 2 é capaz de reproduzir imagens a 4K, mas só quando está ligada a uma TV através da doca. A ligação USB-C continua na parte inferior, mas agora tem uma segunda entrada USB na parte de cima para a câmara, um opcional.
Embora a Nintendo esteja a dar prioridade aos jogos de compra digital, no topo ainda há uma entrada para cartuchos com os jogos, juntamente com os controlos de volume e o botão para ligar/desligar. Tal como na primeira Switch, a entrada para os cartões de memória microSD para expandir o armazenamento está escondida por trás do apoio traseiro.
Novos comandos e nova base
Os comandos Joy-Con são semelhantes aos da original, mas agora têm um novo sistema de fixação magnético que torna mais fácil removê-los e instalá-los. Outra novidade é poderem ser usados como ratos, colocando a parte que liga à consola em cima de uma superfície plana. A única coisa de que não gostámos muito nos novos comandos é o facto de terem um pequeno gatilho para os libertar da consola que, em certos casos, pode ser accionado por acidente, o que pode, potencialmente, causar acidentes. O sistema antigo, que usava um pequeno botão para o mesmo efeito, era mais seguro.
Já a base é mais volumosa que a do modelo anterior e traz duas coisas novas: permite ligar um cabo Ethernet para aceder à rede local e à Web; e traz uma ventoinha para refrigerar a Switch. Isto é necessário, porque o chip da consola funciona a uma maior velocidade quando está instalada na doca, logo, gera mais calor.
Boa autonomia? Depende…
Quem usou a primeira Switch vai sentir-se em “casa” na 2. A interface é exactamente a mesma, com a excepção de a nova consola ter um ícone novo para a funcionalidade Game Chat. Depois, se já tem uma Switch original, pode transferir os dados para esta: o processo é rápido, mas a configuração não é das mais intuitivas. Dos quarenta jogos que tínhamos na Switch antiga, todos passaram para a 2, sem problemas.
Na Switch 2, as movimentações no ecrã são mais suaves e, no geral, a consola oferece uma experiência de utilização muitíssimo agradável e tempos de carregamento são ligeiramente mais curtos que na original. Já a autonomia depende muito da velocidade de actualização do ecrã seleccionada e do jogo, mas conseguimos chegar mais ou menos às quatro horas a 120 Hz, antes de ser necessário ligá-la à corrente.
Distribuidor: Nintendo
Preço: €469,99 (consola e doca), €509 (consola, doca e Mario Kart World)
Ficha técnica
Ecrã: 7,9 polegadas LCD (1920 x 1080), 120 Hz
CPU/GPU: Nvidia Tegra T239, octa-core Arm Cortex-A78C com 1536 núcleos CUDA
Memória RAM: 12 GB LPDDR5X
Armazenamento: 256 GB (expansível com microSD)
Ligações: 2 x USB-C, jack de 3,5 mm, Wi-Fi 6, Bluetooth (consola); USB-C, HDMI , RJ-45 (doca).
Dimensões: 114,3 x 272 x 14 mm
Peso: 530 gr