Há anos que a Kinexon e outras empresas têm vindo a refinar a tecnologia de bolas inteligentes para melhorar as análises do desempenho dos atletas e equipas, melhorar os treinos e recolher mais dados do que nunca. À medida que as ligas profissionais começam a adoptar a nova tecnologia, permanecem questões sobre potenciais mudanças mínimas na física e comportamento das bolas.
Desconhecido pela maioria dos jogadores, cerca de metade dos jogos da NBA disputados em Las Vegas no início deste mês utilizaram bolas equipadas com tecnologia de rastreamento inteligente. A NBA está a considerar adoptar esta tecnologia em todos os jogos, mas uma das empresas que desenvolve os chips para as bolas chips admite que podem surgir algumas mudanças subtis na física das bolas, o que pode alterar a forma como o basquete é jogado.
Segundo a Wired, empresas como a SportsIQ (SIQ) e a Kinexion estão a desenvolver esta tecnologia há alguns anos. As suas bolas de basquete e de futebol contêm pequenos sensores que detectam e transmitem a velocidade, o ângulo, o tempo de lançamento e outros dados.
Já é possível comprar bolas inteligentes que usam aplicações para smartphones para ver dados de desempenho granulares e ajudar os jogadores a melhorar através de desafios. A Kinexon e a Adidas já empregaram bolas inteligentes durante o Campeonato do Mundo de 2022.
De acordo com a Kinexon, os sensores aumentaram dramaticamente a quantidade de dados disponíveis para jogadores, treinadores, árbitros e adeptos. Os chips podem detectar o momento exacto em que uma bola entra em jogo, potenciais faltas, precisão de lançamento ao longo do tempo, o número de passes e outras informações para fornecer uma visão mais detalhada de cada partida.
Implementar os chips nas subtilezas do fabrico das bolas de basquete tem sido mais desafiador. Há alguns anos, os sensores pesavam demais, embora muitos jogadores não conseguissem notar durante testes cegos. Embora os chips mais recentes adicionem menos de um grama a uma bola de aproximadamente 600 g, a Kinexon admite que a inserção e a conexão dos chips podem introduzir mudanças menores, mas inevitáveis, no comportamento das bolas.
As bolas de basquete padrão movem-se ligeiramente de forma diferente quando batem no chão a partir do ponto onde a válvula de ar cria uma pequena imperfeição. Os jogadores já estão habituados a esse comportamento há muito tempo, mas se for adicionada mais uma imperfeição à bola, por menor que seja, pode gerar mudanças notáveis. A adaptação das bolas para permitir a inserção de sensores através da válvula de ar sem a necessidade de se criar um buraco adicional é uma opção.
A SIQ está optimista quanto ao futuro da tecnologia, uma vez que nenhum jogador relatou problemas após 550 jogos com as bolas inteligentes durante este mês. A companhia planeia eventualmente conectar os seus sensores às câmaras Hawk-Eye existentes da NBA para rastrear jogadores individualmente.