Com a parceria, a Lenovo fornece à Fórmula 1 dispositivos, soluções e serviços tecnológicos de ponta para apoiar a realização dos Grandes Prémios tanto nas pistas, como remotamente no centro de comando. Amie Smith explicou que está na Fórmula 1 «há doze anos» e que começou no «service desk» tendo evoluído para a área de desenvolvimento de software antes de chegar ao cargo que ocupa actualmente. A Head of IT Systems and Support revelou que a sua equipa «é responsável por prestar um apoio seamless e ininterrupto ao utilizador final, desde a infraestrutura central até aos computadores portáteis e dispositivos móveis que estão nas mãos das pessoas».
Amie Smith indicou na mesa-redonda que a Lenovo respondeu às necessidades da F1 garantindo a diversidade de equipamentos que necessitam nas suas operações fornecendo «tablets, computadores portáteis dois-em-um, estações de trabalho, computadores de secretária, thin clients, edge computing e racks cheios de hardware para os data centers».
A responsável referiu que a F1 está «muito interessada na inovação» e «tem a sorte de ter a Lenovo como parceiro, que apoia esse esforço». A IA é uma das áreas para as quais estão a «olhar», salientou a responsável, «quer ao nível da produtividade, quer de velocidade» sendo que estão também a «experimentar algumas tecnologias da Lenovo, como os servidores arrefecidos a água, e como isso pode ajudar do ponto de vista da sustentabilidade».
A Head of IT Systems and Support indicou que um modo geral, estão «constantemente a procurar formas de melhorar a resiliência, a sustentabilidade e a velocidade de processamento dos dados». E referiu ainda que na área da inteligência artificial existem «várias provas de conceito» e que uma delas foi o racking de câmara virtual, em que exploraram «de que forma o hardware melhorado com IA pode ajudar a aumentar o número de vídeos transmitidos em directo», ou seja, aproveitar a tecnologia para «melhorar a qualidade e a consistência do vídeo». Amie Smith sublinhou a utilização de computadores portáteis com IA ThinkPad X9 Aura Edition no GP da China como outros dos exemplos em que a parceria com a Lenovo com base em inteligência artificial está a funcionar.
Resiliência é vital
A F1 lida com centenas de terabytes por fim-de-semana da «telemetria dos carros» que passam pela «infraestrutura para as equipas», além do vídeo. A responsável realçou que são um desporto «rico em dados e é neles que confiam» sendo que são a fonte de informação não só para a organização, «mas também para as equipas, a FIA e, essencialmente, para os espectadores» e que, por isso, «precisam de garantir que os dados de telemetria estão correctos, para que possamos mostrar às pessoas o que está a acontecer na pista». Assim, todos «os dados são processados em hardware da Lenovo na pista e na sede no centro de comando» para garantir que tudo corre sem falhas existe um backup na cloud.
A resiliência é assim fundamental e algo que está assegurado pela marca já que há algum hardware que viaja para todos os circuitos: «Uma das coisas que dissemos à Lenovo é que o hardware vai ter de viajar e vamos precisar que quando o ligarmos, este funcione sempre. E posso dizer que não tivemos quaisquer problemas e penso que uma das principais características da Lenovo é o facto de construírem hardware muito resistente».
Compromisso com a sustentabilidade
A Head of IT Systems and Support sublinhou ainda o tema da sustentabilidade: «Um aspecto fundamental tanto para a F1 como para a Lenovo é o nosso compromisso com a sustentabilidade. Reduzimos muitos dos nossos requisitos físicos devido ao aumento do desempenho e das capacidades de processamento do hardware da Lenovo em relação ao nosso hardware anterior. Assim, menos hardware também reduz a quantidade de ar condicionado de que precisamos, a quantidade de energia e tudo o resto que está num data center».
Amie Smith destacou ainda que a Fórmula 1 está a utilizar o serviço Lenovo Asset Recovery (ARS) para desenvolver e implementar um tipo de estratégia de eliminação sustentável do hardware que já não é utilizado». A responsável indicou que «95% de todo o hardware passa pelo serviço ARS, o que garante a destruição segura dos dados e a possibilidade de reciclar algum desses equipamentos para que possam ser usados por outras pessoas».
Visita ao ETC
Durante o GP de Espanha, em Barcelona, foi possível visitarmos o Event Technical Centre (ETC), onde Chris Potter, IT Operations Manager da Fórmula 1, mostrou o local onde se realizam as operações de transmissão do que se passa na pista e que está em constante ligação com Biggin Hill, o centro de comando da transmissão. O responsável revelou que existem dois equipamentos similares que viajam entre as diversas geografias já que são «necessários 10 dias para terem tudo montando» para garantir que espectáculo da Fórmula 1 chega a todos os espectadores nos circuitos e em casa.