A Bhout quer «revolucionar a forma com que as pessoas se relacionam com o exercício físico» e tudo começou, segundo Mauro Frota (CEO e co-fundador da startup), com uma preocupação: a «elevada taxa de abandono das actividades de fitness (40% a 65% das pessoas desistem em três a seis meses) e da necessidade de tornar o exercício mais motivador e envolvente». Assim, a empresa «inspirou-se na indústria dos videojogos, que consegue reter jogadores por horas, na psicologia e na teoria da autodeterminação» para criar um saco de boxe inteligente «que combina sensores, visão computacional 3D e inteligência artificial».
Mauro Frota esclarece que o saco «recolhe dados de cada sessão realizada e dá feedback sobre técnica, número de golpes, velocidade, precisão, força e cansaço, atribuindo pontos com base na performance num sistema proprietário de gaming». Além disso, o material do saco «imita a estrutura do corpo humano, sendo composto por duas camadas de espuma e água». A experiência é «complementada por música, luzes e uma aplicação que permite acompanhar a evolução de cada pessoa e desafiar outros utilizadores». O empreendedor revela que a Bhout desenvolveu o «primeiro saco de boxe inteligente do mundo» e garante não existir «nenhum outro equipamento que permita fazer rotinas de força e de cardio, aliado a uma experiência de comunidade e de gaming». Mauro Frota assegura ainda que a «experiência gamificada» é, também, «única no espaço do fitness». Isto é importante já que, após cada rotina, o utilizador «pode consultar as métricas da sua performance e confirmar a sua pontuação, um detalhe que importa muito no que toca à recorrência e fidelização dos clientes», acrescenta.
Objectivo é a expansão
A startup anunciou recentemente a sua entrada no modelo de franchising – Mauro Frota salienta que a Bhout está a «acelerar a sua expansão internacional através de um modelo de crescimento híbrido» combinando clubes próprios com este modelo de negócio. O CEO e co-fundador explica a estratégia: «Assinámos um memorando de entendimento com a Visão do Tempo II para a construção de dez novos Bhout Clubs na Península Ibérica, marcando um passo estratégico na nossa internacionalização. O primeiro clube desta parceria, o Bhout Club Laranjeiras, será inaugurado em breve, seguido por novas aberturas em Miraflores, Oriente, Porto e Madrid. O franchising surge como um dos nossos motores principais da expansão, permitindo um crescimento rápido e sustentado sem comprometer a inovação e qualidade que diferenciam a Bhout no mercado do fitness».
Para ajudar neste trajecto, a empresa, que conta com uma «equipa nuclear de 31 pessoas», está a «recrutar nas áreas de desenvolvimento de negócio, tecnologia e marketing», além de equipas técnicas de fitness que «possam garantir o regular funcionamento dos clubes».
Quanto ao futuro, a Bhout quer «consolidar-se como uma referência global no fit-tech, expandindo-se para novos mercados, aumentando a rede de clubes e disponibilizando o Bhout Bag para casas, empresas e hotéis», indica Mauro Frota. O responsável diz ainda que o objectivo final é «revolucionar a indústria do fitness, tornando o exercício físico tão viciante e envolvente como um videojogo».