Tal como acontece com várias empresas tecnológicas, também a chinesa Xiaomi anunciou o lançamento de uma plataforma de IA standalone que pode ser descarregada para usar no computador.
Na base está o MiMo, que é mesmo o «primeiro modelo de inteligência artificial de código aberto» da marca. Centrado em «tarefas de raciocínio matemático e geração de código», inclui «sete mil milhões de parâmetros» e, segundo a Xiaomi tem resultados «comparáveis aos de modelos mais pesados, como o o1-mini da OpenAI e o Qwen-32B-Preview da Alibaba».
A empresa diz que chegar a este «nível de desempenho com um modelo compacto representa um desafio», já que os concorrentes que têm os mesmos objectivos (de raciocínio matemático e geração de código) dependem de arquitecturas com «dezenas de mil milhões de parâmetros».
O facto de ser mais pequeno que a concorrência faz com que possa, em teoria, ser mais indicado para uma utilização facilitada em «contextos empresariais e dispositivos com recursos limitados».
Segundo o site PhoneArena, a Xiaomi «reuniu um conjunto de dados com duzentos mil milhões de tokens focados em padrões de raciocínio» e aplicou uma estratégia de «três fases com diferentes misturas de dados». O MiMo foi treinado com «25 mil milhões de tokens» ao longo destas fases, onde foram usadas «técnicas de reforço com base em 130 mil problemas de matemática e programação».
De acordo com a Xiaomi, citada pelo PhoneArena, foi ainda criado um sistema chamado ‘Seamless Rollout Engine’, que «reduz os tempos de inactividade das placas gráficas» e que «permitiu acelerar o treino em 2,29 vezes e os testes em 1,96 vezes».
O MiMo pode ser descarregado no repositório Hugging Face e a documentação técnica está no GitHub.