A Framedrop.ai nasceu com uma solução para transformar vídeos de formato longo em pequenos clips que ajudem a cativar e alcançar maiores audiências e está actualmente a desenvolver uma ferramenta dedicada à comunicação social que faz transcrição e ajuda a escrever texto com base em vídeos. Mário Tarouca, co-founder e COO da startup, explica que, durante a pandemia, o outro co-fundador, JD Costa, apercebeu-se de um problema no mundo do live streaming: «É muito moroso procurar momentos de destaque de gameplay num VoD (vídeo on demand) que muitas vezes ultrapassa as oito horas». Assim, nasceu a ideia de criar uma solução para «extrair automaticamente os momentos mais relevantes destas transmissões, sem comprometer a sua qualidade ou narrativa».
A startup «começou por ajudar criadores», mas o seu modelo evoluiu no final de 2024, como salienta o empreendedor: «Percebemos que a nossa visão original – facilitar a criação e gestão de conteúdo – encaixava perfeitamente nos desafios do sector dos media, como televisão, rádio e imprensa. Estas indústrias lidam com volumes massivos de conteúdos que precisam de ser reaproveitados e adaptados a diferentes plataformas e formatos digitais. Actualmente, estamos totalmente focados em optimizar a eficiência das equipas de conteúdo dos grupos de media, automatizando tarefas repetitivas e morosas. Para isso, contamos com a evolução contínua da nossa tecnologia de inteligência artificial».
Intuitiva e acessível
Mário Tarouca esclarece que a solução da Framedrop «analisa diversos aspectos do conteúdo, incluindo imagem, áudio e discurso, para identificar automaticamente os momentos de maior relevância e significado» e que é diferente por ter uma «interface intuitiva e acessível, que permite que qualquer utilizador, mesmo sem experiência em edição de vídeo, consiga criar conteúdos de qualidade» e, e por ter «modelos são personalizados para cada tipo de conteúdo». Já a nova ferramenta dedicada aos media «foca-se na automação da criação de artigos sobre programas televisivos em tempo real para os websites institucionais», acrescenta.
Segundo o responsável, o objectivo é «garantir que os conteúdos são publicados rapidamente, aumentando o alcance e a audiência», sendo que a startup trabalha com os «parceiros para desenvolver modelos de IA especializados e altamente precisos, garantindo que os textos gerados mantêm o tom e a identidade do programa, ao mesmo tempo que cumprem as expectativas do público».
Futuro passa por EUA e Europa
Apesar de a Framedrop.ai estar focada no «mercado português» tem já temos planos de expansão para os «EUA, Reino Unido e para o resto da Europa num futuro próximo». Isto porque os «desafios enfrentados pelo sector dos media são semelhantes» e a startup acredita que a solução que desenvolveram tem «potencial para ter um impacto significativo a nível internacional».
Actualmente, a startup tem onze colaboradores, mas a equipa vai aumentar já que tal é «essencial para a execução da estratégia de crescimento». Neste momento, estão a «avaliar os perfis mais necessários e o momento certo para as novas contratações» e assim que existirem novidades serão colocadas na área de carreiras do site. A missão é tornarem-se «a melhor ferramenta para as empresas, transformando a forma como se envolvem com o seu público e amplificam o seu alcance» e Mário Tarouca destaca as perspectivas que têm: «O nosso objectivo é consolidar a Framedrop como uma solução inovadora e de referência no mercado, proporcionando benefícios tangíveis aos nossos parceiros sem comprometer a qualidade dos seus conteúdos».
