A promessa da TCL de fabricar ecrãs OLED mais baratos e com um consumo energético mais baixo, começou a ser cumprida esta semana com o anúncio oficial do início da produção de painéis OLED impressos. O primeiro modelo a sair da impressora tem 21,6 polegadas, resolução 4K e está a ser fabricado para utilização em monitores para aplicações médicas. Este painel tem uma densidade de píxeis de 204 PPI, chega a 99% do espaço de cores DCI-P3, tem um contraste de 1.000.000:1 e um brilho máximo de 350 nits.
No mesmo anúncio, a TCL mostrou também um ecrã OLED impresso de 27 polegadas para utilização em monitores. A resolução é 4K, tem 120 Hz de taxa de actualização máxima e um brilho máximo de 600 nits.
Estes painéis não são tão brilhantes como os fabricados pelo LG ou Samsung, mas oferecem algumas vantagens. Como a descrição sugere, no seu fabrico são usadas grandes impressoras de jacto de tinta para depositar os materiais orgânicos que compõem o painel. Este método permite reduzir a quantidade de desperdício de material, comparando com os métodos tradicionais de fabrico de ecrãs OLED que usam processos de evaporação em que os materiais orgânicos (o ‘O’ em OLED) são depositados numa folha de vidro através de um stencil de metal.
Isto quer dizer que estes novos painéis podem ser produzidos a preços mais baixos, cerca de 20% abaixo de acordo com a TCL. A empresa também diz que com este método o fabrico dos ecrãs também é 30% mais rápido.
A TCL CSOT, a divisão de fabrico de ecrãs da TCL, afirma que estes novos painéis reduzem a perda de luz em 50% devido à reflexão interna. De acordo com a empresa, os novos painéis também duram mais tempo graças ao emprego de materiais mais duráveis.
Os novos ecrãs serão produzidos usando substratos de vidro Gen 5.5 que medem 1.300 x 1.500 mm. O processo usa tecnologia que foi comprada à JOLED, uma empresa japonesa pioneira nesta tecnologia que faliu em 2023.