Por fora, este ProArt P16 é um portátil normalíssimo: todo feito em metal preto com um acabamento baço e um logótipo da Asus muito discreto, no canto inferior esquerdo da tampa. Como é hábito, as entradas estão nas laterais, uma vez que a parte de trás está reservada para a ventilação dos componentes internos.
Quando se abre a tampa, a primeira coisa que se nota é o trackpad de grandes dimensões com um pequeno controlo circular no canto superior esquerdo, um sensor que funciona mais ou menos da mesma forma que a Click Wheel dos antigos iPod. Este, serve para facilitar o trabalho de edição de vídeo, áudio ou o que o utilizador quiser, já que é programável. Já o teclado está exactamente a meio e tem duas grandes colunas de cada lado. Num todo, o ProArt P16 é uma máquina que transmite uma ideia de durabilidade, qualidade de materiais e da construção.
Lá dentro, é onde a magia acontece
Apesar de não ser um computador para jogar, é muito competente neste aspecto, fruto da sua configuração: um processador Ryzen com uma NPU (que tem capacidade de cálculo suficiente para que possa ser considerado um Copilot+ PC), 64 GB de memória DDR5, um SSD com 2 TB e uma gráfica Nvidia GeForce RTX 4070, edição laptop, com 8 GB de memória dedicada. A conclusão é simples: se é IA que procura, o ProArt P16 é a máquina mais poderosa que consegue comprar. Mas o objectivo principal é edição de vídeos e outros conteúdos visuais: aqui, este ProArt também é muitíssimo bom como vai poder ver pelos benchmarks.
Software inteligente
A Asus não se limitou a enfiar um conjunto de componentes poderosos dentro de uma caixa bem desenhada e a meter-lhe um autocolante a dizer ‘inteligência artificial’ – também criou dois programas que usam uma grande parte do seu potencial de IA. Um é o mais mundano StoryCube, um programa de gestão de fotografias e vídeos que permite unificar todos os conteúdos que tiver em vários locais: cloud (é compatível com os principais serviços deste tipo), drives externas, cartões de memória e NAS, entre outros. Neste caso, o P16 lê os metadados e, com ajuda do utilizador, identifica pessoas (ou animais), além de conseguir criar histórias usando apenas comandos de texto. Este programa também permite fazer alguma edição básica de fotografias e vídeo.
O outro software é o MuseTree, que serve para criar objectos, projectos e outros conteúdos de uma forma visual. O utilizador insere a ideia inicial (em inglês) e o programa cria duas ou três imagens que aparecem dentro de bolas; a partir daqui, o utilizador vai inserindo ajustes ou misturando as imagens até chegar ao resultado pretendido. Os dois programas funcionam localmente, o que quer dizer que os modelos de IA usados estão dentro do PC, evitando, assim, problemas de privacidade.
Boa nota em comportamento
Medir o desempenho deste novo tipo de computadores é um processo mais complicado que o de avaliar um PC “normal”: uma vez que tem IA, é preciso medir a velocidade de cálculo neste aspecto. Nos benchmarks de desempenho, o ProArt P16 portou-se muito bem a todos os níveis, principalmente nos de gráficos e IA, quando se usa a GPU. Já usando apenas a NPU, os valores são substancialmente mais baixos. O único ponto em que fica (naturalmente) atrás dos Copilot+ com Arm é na autonomia.
Distribuidor: Asus
Preço: €3299,99
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 7861
- PCMark Produtividade: 10 551
- PCMark Bateria (Modern Office): 510 minutos
- 3D Mark Wild Life: 52045
- Procyon IA Computer Vision: 129
- Prcoyon IA Image Generation (Nvidia TensorRT): 1332
Ficha Técnica
Processador: AMD Ryzen AI 9 HX 370
Memória: 64 GB LPDDR5X
Armazenamento: SSD NVMe PCIe 4.0 com 2 TB
Placa Gráfica: Nvidia GeForce RTX 4070 Laptop / AMD Radeon 890M Graphics
Ecrã: OLED 16” (3840 x 2400)
Ligações: USB-C 3.2, 2 x USB-A 3.2, USB-C 4.0, HDMI 2.1, jack de 3,5 mm, leitor de cartões SD, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4
Dimensões: 35,49 x 24,69 x 1,49 cm
Peso: 1,85 kg