A Fundação para a Ciência e a Tecnologia anunciou que o Conselho Europeu de Investigação (ERC) vai financiar mais três projectos nacionais, que se juntam, assim, aos cinco que já tinham sido anunciados em Janeiro deste ano: FoodConnect, Unmask, Snail, PolarScopEU e DESignSX.
Agora, os escolhidos para receberem fundos do ERC, no âmbito do concurso Advance Grant 2023, são os Inelastic, C-hance e Glycanread. Destes três, a FCT apenas revelou o valor atribuído ao primeiro: 3,5 milhões de euros, uma vez que é o único que está baseado em Portugal. Desta forma, o valor total (desde 2021) de financiamento atribuído a projectos nacionais sobre de 85 para 88,5 milhões de euros.
O Inelastic (Linking the scales towards non-conventional polymer composite structures) enquadra-se na área da «engenharia mecânica» e tem como objectivo a descoberta de «materiais compósitos não convencionais» para tentar fazer a «descarbonização do sector aeroespacial». O líder deste projecto é Pedro Camanho, do Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica; Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial; e Universidade do Porto.
Os outros dois, apesar de terem autores portugueses, foram desenvolvidos em duas universidades fora do País: Nuno Maulide, na Universidade de Viena (Áustria) e Paula Mendes, na Universidade de Birmingham (Inglaterra).
Nuno Maulide é o responsável pelo C-hance (Carbon- Hydrogen bond activation via a new charge control approach); a missão é «revolucionar a forma como os químicos orgânicos olham para a ligação C-H, omnipresente nas áreas da biologia e química, com um impacto generalizado na transformação de compostos e nos seus métodos de síntese».
Já Paula Mendes desenvolveu um projecto para «obter novos biossensores», ao cruzar «diversas áreas como a biotecnologia, química e materiais». O objectivo do Glycanread (New frontiers in glycan recognition and detection), é melhorar as «abordagens diagnósticas e terapêuticas», na Saúde.