A NASA conseguiu identificar a causa da avaria da Voyager 1

Em Novembro a Voyager 1, que está no espaço há mais de 40 anos, deixou de emitir dados de telemetria para a Terra.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Imagem - NASA

A Voyager 1 é uma das duas únicas sondas construídas pela humanidade que estão no espaço interestelar, a outra é a Voyager 2, que partiu 16 dias antes da Voyager 1 em 1977. De acordo com a NASA, a Voyager 1 é o objecto construído pela humanidade que está mais distante da Terra. Em Janeiro de 204, a sonda estava a cerca de 24 140 160 000 km do nosso planeta e estava a deslocar-se a cerca de 61000 Km/h em relação ao Sol.

Em Novembro do ano passado, a Voyager 1 deixou de enviar dados de telemetria para a Terra e sem estes dados, a NASA não tinha forma de saber onde está a sonda. Em Fevereiro, a NASA anunciou que o problema tinha a ver com o Flight Data System (FDS), que tem a função de recolher os dados de todos os instrumentos científicos do veículo e reuni-los num único pacote de dados para transmissão para a Terra. Depois de criado, o pacote de dados é passado para a unidade de modulação de telemetria e depois para o transmissor rádio para ser enviado.

A equipa da NASA suspeitou que a causa do problema fosse a corrupção da memória do FDS. Para testar essa teoria, a NASA enviou um comando ‘poke’ para a Voyager para fazer com que o sistema enviasse um relatório do conteúdo da memória do FDS. Com esses dados, a agência conseguiu determinar que cerca de 3% da memória estava corrompida e que isso é o que está a causar o problema.

A NASA anunciou que os membros da equipa pensam que o problema se encontra num único chip, mas que não sabem o que causou o erro. É possível que tenha havido um choque com uma partícula ou que o chip simplesmente tenha deixado de funcionar correctamente ao fim de 46 anos a viajar pelo espaço.

Apesar de tudo, a equipa da NASA pensa que pode resolver o problema através do isolamento da área da memória que está avariada para conseguir fazer com que o FDS recomece a enviar os dados para a Terra. No entanto, o processo de “reparação remota” pode demorar semanas ou mesmo meses.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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