Como “falar” com o ChatGPT para obter os melhores resultados

Pedir a uma inteligência artificial generativa para fazer coisas é uma arte: para ter bons resultados é preciso saber o que perguntar.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 4 min
frimufilms/Freepik

Tal como em qualquer outro sistema informático, também as novas IA generativas não respondem da melhor forma se o que pedirmos não estiver correcto ou for muito vago. Assim, o ideal é dominar a “arte” de escrever prompts (as instruções dadas às plataforma de IA), sejam pedidos para fazer algo simples ou perguntas mais complexas. Para o ajudar a fazer isso, nesta edição temos um pequeno guia sobre como escrever comandos eficazes para obter as melhores respostas a partir do ChatGPT, mas que também podem ser usados com qualquer outra IA generativa.

1. Fale com a IA como se ela fosse uma pessoa
Aqui, o que conta é ter uma abordagem o mais natural possível, como se a IA fosse um colga de trabalho ou um familiar – até lhe pode dar um nome, se isso facilitar a comunicação. Quando se fala com uma pessoa que não conhecemos bem, é natural que, inicialmente, ela não perceba o que queremos dizer – logo, será preciso que lhe expliquemos mais sobre um prompt. Por isso, não tenha medo de fazer perguntas no seguimento das respostas que a IA lhe der.

2. Dê o máximo de contexto
As perguntas que se fazem às IA não devem ser simples, numa única frase. É necessário dar contexto para que a resposta seja o mais concreta possível. Por exemplo, se perguntarmos ‘como é que me preparo para correr dez quilómetros?’, a resposta será vaga. Contudo, se dermos contexto, irá ser mais directa e detalhada: ‘Sou um corredor novato e nunca corri dez quilómetros, mas quero conseguir num prazo de três a seis meses. Como é que me posso preparar?’

3. Diga à IA para assumir um papel numa empresa ou uma identidade
Uma das funcionalidades mais úteis de uma IA generativa é a capacidade de dar respostas do ponto de vista de uma pessoa ou profissão específicas. Por isso, pode pedir-lhe para responder como um professor, um especialista em marketing ou mesmo um jornalista. Por exemplo, se escrevermos um prompt como ‘descreve um pastel de nata do ponto de vista de um político’, a resposta será muito diferente se lhe pedirmos para fazer isso como se fosse um jornalista.

4. Mantenha a IA focada
As IA têm tendência para inventar factos, como forma de preencher lacunas no seu conhecimento, mas há algumas maneiras de as manter focadas no assunto em questão.
A mais fácil é pedir-lhes para justificar as respostas através de perguntas como: ‘por que é que pensas isso?’ ou ‘quais são as provas do que respondeste?’. Também pode pedir-lhe para citar as fontes que usou na resposta. Uma coisa que tem de ter em mente é que quanto maior for a conversa que tiver com a IA, maior é a hipótese de haver divagações.

5. Seja criativo e faça experiências
A prática faz a perfeição e a interacção com IA generativas é igual, por isso, não tenha medo de experimentar vários tipos de prompts e perguntas. Seja criativo e peça, por exemplo, para descrever uma colmeia do ponto de vista de uma abelha, escrever o diário de uma pessoa imaginária ou um diálogo entre dois objectos.

 

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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