Painéis solares com textura podem captar mais 66% luz

Um estudo, realizado na Turquia, demonstra que se as células solares tiverem pequenos altos conseguem captar luz vinda de mais direcções.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min

Se já viu um painel solar deve ter reparado que é plano e liso. Isto serve para maximizar a quantidade da área exposta à luz solar em todas as alturas, independentemente da posição do Sol no céu. No entanto, se se usarem texturas com formas e tamanhos certos, consegue-se aumentar a eficiência das células até mais dois terços. É isso mesmo que um estudo teórico realizado na Turquia demonstra, ao serem usados pequenos altos, parecidos com os da escrita Braille, a luz consegue chegar às células solares a partir de mais direcções permitindo aumentar a eficiência dos painéis em 66%.

O professor de engenharia electrotécnica Dooyoung Hah da Abdullah Gül University, experimentou várias células solares através de um simulador ‘3D Finite element analysis’ (FEA) que permite, através de software, dividir sistemas complexos em vários elementos, denominados ‘finite elements’ que depois podem ser testados em praticamente qualquer situação possível. O professor Hah usou este sistema para dividir células solares em várias peças e depois testar a reacção dessas células à luz com e sem estruturas na superfície.

Imagem – Journal of Photonics for Energy

De acordo com o estudo publicado no Journal of Photonics for Energy, Hah descobriu que as células solares com altos hemisféricos conseguem captar luz a partir de mais direcções do que as células sem quaisquer texturas. A utilização desta textura permite a estas células absorverem mais 66% de luz com polarização eléctrica transversal que as células tradicionais. Quando expõem estas células a luz com polarização magnética transversal a eficiência é de 36% em relação às células normais. Ambas as categorias de luz são relevantes no contexto da tecnologia de células solares porque muitas vezes a luz do Sol é polarizada depois de passar pela atmosfera da Terra.

Hah ainda não desenhou uma versão física das novas células solares e apesar de o simulador que foi utilizado conseguir prever com precisão as vantagens e desvantagens dos materiais, é possível que, no mundo real, estas células demonstrem um comportamento diferente do demonstrado na simulação.

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Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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