Esta semana, o Department Bureau of Industry and Security (BIS) actualizou a lista de hardware que não pode ser exportado para a China sem licença e incluiu ainda mais chips fabricados pela Nvidia para aplicações de inteligência artificial. Em Setembro, os EUA começaram a restringir a exportação dos GPU Nvidia A100, A100X e H100 para a China. Para ultrapassar essa limitação, a Nvidia criou versões menos potentes, os A800 e H800, que foram desenhados especificamente para o mercado chinês. Entretanto soube-se que a administração americana queria ir mais longe e restringir também a exportação das variantes mais potentes dos GPU Nvidia para o mercado de consumo.
A lista que foi agora actualizada, já não menciona as velocidades de interligação superiores a 600 GB por segundo e agora baseia-se no desempenho e na quantidade de transístores nos chips.
A Nvidia informou os seus investidores que a necessidade da obtenção de permissões para exportar produtos para a China, que também afecta as exportações para a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Vietname inclui os modelos A100, A800, H100, H800, L40, L40S e RTX 409. As novas regras entram em vigor dentro de 30 dias.
Para além das novas restrições, o governo norte-americano também colocou na lista de empresas impedidas de fazerem negócios com empresas americanas, duas empresas chinesas de desenvolvimento e fabrico de GPU: a Biren Technology e a Moore Threads. As entidades que tenham negócios com empresas americanas e queiram fazer negócios com as empresas que constam na lista têm de pedir uma licença especial ao BIS, que raramente é concedida.
Apesar das novas restrições, segundo uma notícia da Reuters, as novas regras incluem uma possível forma de facilitar a vida aos fabricantes afectados, como a Nvidia, Intel, AMD e outras. Os responsáveis pelo BIS indicam que estão dispostos a ouvir os fabricantes de hardware, para encontrar formas de exportar chips para aplicações de inteligência artificial para a China que podem ser utilizados em sistemas de pequeno ou médio porte, porque o que os EUA querem é limitar a capacidade da China de construir grandes supercomputadores que possam ser usados para fins militares sem afectar o mercado de consumo.