Conselho Europeu de Investigação financia projectos de cientistas portugueses com 12 milhões de euros

Segundo a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o Conselho Europeu de Investigação já atribuiu quase 80 milhões de euros a projectos nacionais.

Por: Ricardo Durand
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Sete cientistas nacionais (quatro em Portugal e mais três nos Países Baixos, Áustria e França) vão receber um financiamento de 12,2 milhões de euros, do Conselho Europeu de Investigação, para desenvolver ainda mais os seus trabalhos.

Estes, estão entre os quatrocentos projectos escolhidos no concurso Starting Grants 2023. Para os investigadores que estão em Portugal, foram atribuídos 7,7 milhões de euros (os valores que variam entre os 1,5 e 2,5 milhões); já para os que trabalham noutros países europeus, o valor total é de 4,5 milhões de euros.

No País, os quatro seleccionados para financiamento têm liderança de Giulia Ghedini e Ilana Gabanyi (ambas do Instituto Gulbenkian de Ciência), Carlos Minutti (Fundação Champalimaud) e Inês Pereira (Universidade de Coimbra).

Giulia Ghedini está a investigar a forma como as «respostas metabólicas a competidores afectam a coexistência e dinâmicas comunitárias no fitoplâncton marinho»; Ilana Gabanyi quer «decifrar a comunicação directa de sinais provenientes da microbiota intestinal para os neurónios».

O projecto de Carlos Minutti está relacionado com a descoberta da «heterogeneidade funcional e de desenvolvimento de células associadas ao início das respostas imunes a agentes patogénicos e tumores»; finalmente, Inês Pereira recebe um financiamento para «estudar a temática da evolução da tectónica de placas e tentar responder à questão de quando estas surgiram na Terra».

Fora de Portugal, os 4,5 milhões de euros foram atribuídos a Fernando Santos (Universidade de Amesterdão – Países Baixos), Diana Pinheiro (Instituto de Investigação de Patologia Molecular em Viena – Áustria) e Ana Gomes (Universidade de Montpellier e Centre National de La Recherche Scientifique – França).

Fernando Santos está a investigar o «efeito de longo prazo dos sistemas de recomendação de links em redes sociais» e quer «projectar novos algoritmos que modifiquem esses sistemas para melhores resultados, ao nível do benefício social»; Diana Pinheiro encontra-se a estudar os «mecanismos biofísicos associados à formação e desenvolvimento dos embriões»; finalmente, Ana Gomes está a trabalhar no campo das doenças infecciosas, para «compreender como é que o ciclo da divisão celular é coordenado e controlado no plasmódio, o agente causador da malária»

Segundo a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o Conselho Europeu de Investigação já atribuiu quase 80 milhões de euros (78 milhões) a projectos nacionais de investigação, desde o «início do Horizonte Europa (2021-2027), o programa-quadro de financiamento europeu de investigação e inovação».

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