Uma equipa de desenvolvimento do Korea Advanced Institute of Science and Technology (KAIST), está a trabalhar num robô humanóide com capacidades de inteligência artificial que será capaz de pilotar qualquer avião depois de ler o manual de instruções da aeronave.
O robô, denominado ‘Pibot’, tem 1,6 m de altura e pesa cerca de 65 quilos, o que lhe permite caber na grande maioria dos cockpits dos aviões sem necessidade de se fazerem alterações à sua configuração. Tem braços e “mãos” com 5 dedos para poder usar os comandos que requerem movimentos mais finos, como premir botões ou ajustar potenciómetros, mesmo em situações de turbulência.
O robô usa um sistema de inteligência artificial para ler e compreender os manuais de voo dos aviões e até consegue comunicar com outros pilotos e com os serviços de controlo de tráfego aéreo usando uma voz sintetizada. Segundo os seus criadores, o Pibot consegue responder a situações de emergência com mais eficácia que qualquer piloto humano. O robô também não é afectado pelas mesmas limitações que afectam os seres humanos, como a fadiga, que podem levar a erros potencialmente graves. Desde que o robô seja alimentado com energia eléctrica, consegue cumprir todas as tarefas.
Segundo os responsáveis pelo desenvolvimento do Pibot, este robô não se limita a conseguir pilotar aviões, consegue conduzir automóveis e até barcos.
A notícia do desenvolvimento deste robô começou em 2016, a pedido da Agency for Defense Development, a agência responsável pela pesquisa e desenvolvimento para as forças armadas da Coreia do Sul. Nessa altura, a tecnologia de inteligência artificial ainda não estava muito avançada, por isso a equipa dedicou-se ao desenvolvimento da parte mecânica do robô. Agora, graças aos grandes avanços nas tecnologias IA que fazem funcionar os modelos linguagem natural, o desenvolvimento do Pibot avançou bastante.
Para já, o Pibot está a usar o ChatGPT, mas a equipa está a desenvolver um modelo de linguagem natural próprio, que permitirá a utilização do robô sem a necessidade de estar ligado à Internet.
A KAIST espera que o Pibot esteja funcional em 2026 e as primeiras utilizações serão para fins militares.