Investigador português recebe bolsa europeia de 150 mil euros para desenvolver uma nova tecnologia de baterias eléctricas

Por: Ricardo Durand
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Luís Pereira, investigador e professor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova (FCT, pólo da Costa da Caparica), recebeu uma bolsa de 150 mil euros do European Research Council.

O mesmo organismo já tinha atribuído, este ano, uma bolsa de 2,8 milhões de euros a Mahmoud Tavakoli, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, para desenvolver ‘tecnologia macia’.

Esta bolsa vai ser aplicada num projecto de «separadores de células destinados a uma nova geração de baterias inteligentes» – o EXCELL – uma ideia que surge para «dar resposta à crescente utilização de baterias, nomeadamente para veículos eléctricos», explica a FCT Nova.

O adjectivo ‘inteligentes’ justifica-se pelo facto de os separadores serem «adequados à incorporação de sensores», que vão possibilitar a análise do «estado da bateria». Segundo Luís Pereira, este novo conceito de separadores será «baseado num nanocompósito de celulose com mesoporosidade ajustável e, por isso, mais sustentável».

©FCT Nova | Luis Pereira recebeu a sua segunda bolsa em sete anos – em 2015, tinha sido a ERC-Starting Grant NEWFUN.

Esta abordagem «privilegia a utilização de materiais de origem natural» e, desta forma, é vista pelo investigador como um «passo fundamental para aumentar a sustentabilidade na cadeia de valor das baterias». A tecnologia do projecto EXCELL pode levar à criação de uma «alternativa com maior durabilidade e reciclabilidade».

O desenvolvimento destes separadores sustentáveis pode, assim, diminuir o impacto que as baterias convencionais têm no ambiente, quando chegarem ao fim da sua vida útil – até 2030, Luís Pereira diz que vai haver «dois milhões de toneladas», em todo o mundo, de baterias nesta situação.

Esta é a segunda vez que Luís Pereira vê ser-lhe atribuída um bolsa do ERC: em 2015, o investigador já tinha recebido a ERC-Starting Grant NEWFUN, que serviu para desenvolver um projecto que demonstrou a possibilidade de «materiais condutores iónicos à base de celulose» poderem ser «reciclados e reutilizados, mantendo o desempenho eletroquímico».

Por: Ricardo Durand Editor
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Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo email rdurand@pcguia.fidemo.pt.
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