Após constantes adiamentos, a Intel finalmente revelou a nova geração de processadores Xeon, que utilizam o nome de código Sapphire Rapids. Essa revelação ocorreu durante o evento Supercomputing 22, em Dallas, nos EUA, tendo a Intel aproveitado a ocasião para revelar uma nova série de processadores gráficos (GPU), com nome de código Ponte Vecchio, destinados para Data Centers. Ambos pertencerão à série Intel Max.
Os novos processadores Xeon Max são os primeiros processadores x86 a utilizarem memórias integradas do tipo HBM (High Bandwidth Memory), que será essencial para acelerar os processos mais recorrentes, em ambientes de computação avançada HPC (High Performance Computing). Estes utilizam uma arquitectura modular, com um total de 47 segmentos, que podem atingir os 100 mil milhões de transístores, e acomodar até 64 GB de memória HBM2.
Recorrendo ao mesmo tipo de núcleos utilizados nos processadores pessoais Alder Lake (Intel Core de 12ª geração), estes Intel Xeon Max podem ter até 56 núcleos P de alto desempenho (Golden Cove), recorrendo para tal a quatro segmentos. São disponibilizados oito canais de memória DDR5-4800 (6 TB de capacidade máxima), e 112 pistas PCIe 5.0, com compatibilidade com protocolo CXL 1.1.
Outra das novidades foi a gama de processadores gráficos específicos para Data Center, designados de Intel GPU Max Series. Recorrendo a uma estrutura que pode ter até 128 núcleos Xe-HPC, este GPU pode acomodar até 64 MB de memória cache L1, até 408 MB de cache L2 e 128 GB de memória HBM2 integrada, tendo cada módulo (placa gráfica) um consumo máximo de 600W.
Porém, em termos de desempenho, a Intel garante que este GPU, na sua variante máxima (Max Series 1550) poderá oferecer uma melhoria de até 2.4x face ao desempenho de uma Nvidia A100 no benchmark Riskfuel Credit Option Pricing, e até 1.5x no NekRS Virtual Reactor Simulation.
A primeira aplicação desta nova série de processadores e GPU da Intel será o novo supercomputador Aurora, que está actualmente em construção no Laboratório Nacional de Argonne. Este supercomputador, que estará finalizado em 2023, deverá oferecer mais de 2 Exaflops de capacidade de processamento, graças à aplicação de mais de 10 mil módulos computacionais, estando cada qual equipado com dois processadores Xeon Max e seis GPU Max Series.