Este acordeão foi construído com dois Commodore 64 e disquetes de 5,25 polegadas

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 2 min
The Commodordion

Linus Åkesson, um engenheiro que vive em Lund na Suécia, construiu um acordeão. À primeira vista, isto não é relevante, mas se o teclado do acordeão for composto por dois computadores Commodore 64 e o fole for feito a partir de disquetes de 5,25 polegadas, a coisa tem mais piada.

Linus, chamou-lhe o “The Commodordion” e o projecto demorou mais de três anos a concretizar.

Transformar dois Commodores 64 num acordeão não é uma tarefa muito fácil. Segundo Linus, a parte mais complicada foi a construção do fole que teve de ser refeita várias vezes depois de alguns falhanços. Numa dessas tentativas falhadas, Linus tentou basear-se no funcionamento do sistema de injecção de combustível dos automóveis. Ele construiu um protótipo, mas, mais tarde descobriu que a forma como o ar fluia pelo sistema não era suficientemente rápida para conseguir gerar música.

Na sua busca por alternativas, Linus Åkesson estudou o funcionamento de hélices e anemómetros e só quando viu um vídeo no YouTube acerca de geração de energia eólica é que percebeu a melhor forma para medir o fluxo de ar.

O fole em si foi construído com disquetes que foram cortadas e presas com fita-cola, para assumirem a forma correcta. Para tocar o instrumento, Linus usa o teclado da esquerda para a melodia e o da direita para os acordes e sons mais graves.

A ergonomia do resultado final não é de todo a melhor e Linus diz que “é necessário fazer esforço com o pulso, braço e ombro esquerdos”, isto deve-se ao facto de as teclas da esquerda são de acesso difícil.

Lund escreve no seu blogue: “Como músico, dou muita importância à ergonomia, por isso, infelizmente, não vou poder tocar este instrumento com regularidade e, definitivamente, não vou praticar durante horas para melhorar a técnica da mão esquerda. Isto diminui bastante o potencial que o Commodordion tem para ser um instrumento musical viável.”

Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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