A Universidade de Coimbra é um dos mais activos pólos de investigação e desenvolvimento de novas tecnologias em Portugal – desta vez, a inovação é um «material altamente promissor para nova geração de dispositivos electrónicos».
Um grupo de investigadores liderado por Mahmoud Tavakoli (director do Laboratório de Soft and Printed Microelectronic do Instituto de Sistemas e Robótica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra FCTUC) criou um «nanocompósito de metal líquido revestido de grafeno» para ser usado como «condutor transparente».
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Esta inovação na área da electrónica pode ser usada em várias aplicações, com os investigadores a destacarem os painéis solares, os ecrãs flexíveis e os wearables, aqui como «biossensores vestíveis».
Segundo Mahmoud Tavakoli, o projecto consegui demonstrar que as «nanopartículas de metal líquido revestidas de óxido de grafeno podem ser transformadas em elétrodos semitransparentes e condutores»; para isto, foi usada uma «técnica de processamento a laser rápida, de baixo custo e escalável», que poderá ter um «grande impacto» na «nova geração de dispositivos electrónicos».
Entre as principais vantagens destes nanocompósitos de metal líquido estão a elasticidade e a autorregeneração, «além de serem excelentes na dissipação térmica», sublinha Mahmoud Tavakoli.
O líder deste projecto, ‘Laser Writing of Eutectic Gallium–Indium Alloy Graphene-Oxide Electrodes and Semitransparent Conductors’ já aponta, inclusive, para o próximo passo da investigação: «Explorar o uso de outros tipos de lasers para melhorar a condutividade ou transparência dos eléctrodos, bem como estudar aplicações desta técnica nas áreas de eletrónica de filmes finos, sensores de gás e humidade e dispositivos de armazenamento de energia».