Proteger o Windows 10 em oito passos

Por: Ricardo Durand
Tempo de leitura: 7 min

Um equilíbrio entre as opções do sistema operativo da Microsoft e outros programas que permitem tornar o Windows mais seguro é a melhor receita para minimizar os efeitos de um ataque ou estar mais protegido enquanto usamos a Internet. Aliás, o browser e as definições de rede (seja Wi-Fi ou LAN) são um dos principais focos de quaisquer acções de segurança que possamos ter. Este guia tem oito passos que deve seguir para tornar o Windows 10 numa verdadeira fortaleza.

1 – Dominar a Segurança do Windows
Se optou por uma configuração rápida quando instalou o Windows 10, ou se comprou o PC com o sistema operativo já instalado, provavelmente os recursos da Segurança do Windows já estarão activos. Para verificar isso, entre nas ‘Definições’ do Windows, clique em ‘Atualizações e Segurança’, entre em ‘Segurança do Windows’ e carregue no botão ‘Abrir Segurança do Windows’. Depois, na janela que aparece, clique na opção ‘Proteção contra vírus e ameaças’ no menu da esquerda. Carregue em ‘Gerir definições’ e, se as três opções que aparecem estiverem desligadas, active-as.

Se tiver dúvidas sobre o que a Microsoft faz com seus dados, ligue apenas a primeira (proteção em tempo real) opção, já que as outras duas (cloud e amostras) enviam para a empresa dados sobre ameaças de malware que possam atacar o PC.

2 – Actualizações de segurança
Tal como acontece com qualquer software de segurança (e no geral), manter o Windows Defender actualizado é importante. As definições de malware devem ser actualizadas automaticamente, mas se abrir o Windows Defender e vir um aviso de que está desactualizado, clique em ‘Procurar atualizações’ para iniciar este processo.

3 – Faça um scan ao PC
Deve usar a Segurança do Windows para fazer análises periódicas ao computador: há três tipos de scans à escolha em ‘Ameaças atuais’ – clique em ‘Opções de análise’.

A ‘Rápida’ é a que deve fazer com mais frequência, por razões óbvias – não demora muito e só procura em lugares onde é mais provável haver malware; a ‘Completa’, como o nome indica, será mais exaustiva e verifica todo o computador – deve usar esta opção uma vez por mês ou depois de ter resolvido um problema de segurança no computador, para garantir que a ameaça está mesmo neutralizada e não há quaisquer resquícios de vírus ou malware no disco; a última opção é a ‘Personalizada’, onde podemos seleccionar que pastas devem ser analisadas.

4 – Escolha um browser
Mesmo com o Windows Defender ligado, não podemos levantar a guarda e usar um browser inseguro para navegar na Internet. O Edge, que vem com o Windows 10, tem bons níveis de segurança e até podemos dizer que acaba com o “legado” dos riscos do Internet Explorer. O Chrome é uma escolha clássica e tem uma derivação que é ainda mais segura, o Epic Privacy Browser.

5 – Uma alternativa segura
Outra opção, na linha do Chrome, é o browser Dragon da empresa de segurança Comodo, que também tem uma variante chamada Ice Dragon, baseada no Firefox. A Comodo tem os seus próprios servidores DNS, que podemos usar de duas formas: apenas para o navegador ou para qualquer software que tenhamos no PC.

Os DNS da Comodo filtram os endereços de sites conhecidos por serem fontes de malware, mas há outro recurso que torna o Dragon ainda mais seguro: o ‘Modo Virtual’ – clique nos três pontinhos que estão à direita, na barra de endereço da janela do browser e escolha a opção ‘Switch to virtual mode’.

Se o ligarmos, instalamos o pacote de segurança Web da Comodo, que permite usar o browser de forma isolada do restante sistema, como se estivesse numa bolha de segurança – não importa que sites visita ou se faz download de vírus ou outro tipo de ficheiros maliciosos, porque desta forma o restante PC não será afectado.

6 – Verifique os ficheiros que estão em quarentena
Se o pior acontecer, e clicar num link que recebeu por e-mail para receber um prémio de um milhão de euros para instalar um qualquer programa, a Segurança do Windows detecta a ameaça, marca o ficheiro de instalação como perigoso e coloca-o em quarentena. Os arquivos em quarentena são mostrados no separador ‘Histórico de proteção’, na área onde estão as opções de análise (passo 3); aqui, podemos optar por apagá-los ou, caso tenhamos a certeza de que é um engano de análise do Windows Defender, permitir a instalação.

7 – Pedir uma segunda opinião ao Malwarebytes
O Malwarebytes funciona bem com o Windows Defender e vale a pena tê-lo instalado. Há uma versão gratuita que oferece protecção em tempo real, tal como o Windows Defender. Caso perceba que algo está mal com o Windows e o sistema não encontra qualquer ameaça, experimente fazer um scan com o Malwarebytes, para ter a certeza de que há (ou não) mesmo problemas. Depois de instalado, o Malwarebytes actualiza-se e oferece-se logo para fazer uma análise ao Windows, que poderá levar algum tempo, dependendo do tamanho dos discos e da quantidade de ficheiros.

8 – Remover software malicioso
Há mais uma solução da Microsoft que podemos usar, caso desconfiemos que o computador esteja infectado e precisemos de o “limpar”: a Malicious Software Removal Tool. Esta ferramenta parece-se muito com o Windows Defender – tem inclusive opções para fazer uma verificação rápida, completa ou personalizada. Em vez de bloquear a execução de programas maliciosos, a Malicious Software Removal Tool exclui-os assim que são instalados: é uma forma de contra-atacar, ou de ter uma acção pro-activa, em vez de uma defesa.

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